quinta-feira, 21 de março de 2024

Como aplicar algumas Normas da ABNT nas atividades profissionais do dia a dia

 A fim de auxiliar estudantes e docentes na compreensão e na aplicação das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), particularmente algumas sobre Citações em documentos (NBR 10520), Referências (NBR 6023), a estruturação dos Trabalhos acadêmicos (NBR 14724) e como aplicá-las nas atividades profissionais do dia a dia, elaborei alguns materiais, os quais, gratuitamente, socializo-os, por meio deste canal.

Seguem-se alguns links dos materiais atualizados sobre as Normas da ABNT, produzidos por mim, para as minhas disciplinas de Metodologia nas Faculdades de Tecnologia de Americana e de Sumaré, os quais lhes compartilho, gentilmente.

Abraços.

Benê França

1) NBR 6.023/2018 (Corrigida em 2020): Referências

https://pt.slideshare.net/slideshows/nbr-60232018-corrigida-em-2020-referncias-1s24pdf/266711272


2) NBR 10.520/2023: Citações em documentos:

https://pt.slideshare.net/slideshows/nbr-105202023-citaes-1s24-reviso-em-09mar24pdf/266711261


3) NBR 14.724/2011: Trabalhos acadêmicos:

https://pt.slideshare.net/slideshows/nbr-147242011-trabalhos-acadmicos-1s24pdf/266711254


4) Complementação: Aplicando as Normas da ABNT: Como aplicar as Normas da ABNT sobre Citações em documentos (NBR 10520/2023), Trabalhos acadêmicos (NBR 14724/2011) e a documentação das Referências (NBR 6023/2018 - Corrigida em 2020) em uma atividade científico-tecnológica?

https://pt.slideshare.net/slideshows/complementao-aplicando-as-normas-da-abnt-1s24pdf/266711285


5) Sugestões para a montagem e desenvolvimento de slides:

https://pt.slideshare.net/slideshows/sugestes-para-a-montagem-e-desenvolvimento-de-slidespdf/266711311

Cinco materiais para auxiliar no processo de leitura, análise e compreensão de textos mais complexos

A fim de auxiliar estudantes e docentes no processo de leitura e de compreensão de textos teóricos, elaborei alguns materiais, os quais, gratuitamente, socializo-os, por meio deste canal.

Seguem-se alguns links de alguns materiais atualizados, produzidos por mim, para as minhas disciplinas de Metodologia nas Fatecs de Americana e de Sumaré, sobre como fazer análises de textos mais complexos (Análise textual; Análise temática; Análise interpretativa; Problematização; Síntese pessoal), os quais lhes compartilho. 

Fundamento-me no texto "Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos", subseção 2.2.1 da obra "Metodologia do trabalho científico", de Antônio Joaquim Severino, e sugiro, didaticamente, como proceder técnica e metodologicamente o desenvolvimento de cada uma destas análises.

Podem ficar à vontade em socializar estes materiais.

Abraços.

Benê França


1) Análise textual (Abordagem 1): Como desenvolver uma pesquisa biográfica, lexical e montar uma esquematização?

https://pt.slideshare.net/slideshow/abordagem-1-anlise-textual-severino-2013pdf/266915002


2) Análise temática (Abordagem 2): Como extrair de um texto teórico-conceitual o tema, problema, tese, os principais argumentos e redigir um resumo indicativo?

https://pt.slideshare.net/slideshow/abordagem-2-anlise-temtica-severino-2013pdftopowerpointpdf/266915012

 

3) Análise interpretativa (Abordagem 3): Como realizar o Relacionamento lógico-estático (comparando as obras de um autor que tratam sobre um mesmo tema) e o Relacionamento lógico-dinâmico (comparando um autor a outros autores que escreveram sobre o mesmo tema)?

https://pt.slideshare.net/slideshow/abordagem-3-anlise-interpretativa-severino-2013pdftopowerpointpdf/266915030


4) Problematização (Abordagem 4): Como realizar uma Problematização?

https://pt.slideshare.net/slideshow/abordagens-4-problematizao-e-5-sntese-pessoal-do-texto-de-severino-2013pdftopowerpointpdf/266915052


5) Síntese pessoal (Abordagem 5): Como redigir uma síntese pessoal?

https://pt.slideshare.net/slideshow/abordagens-4-problematizao-e-5-sntese-pessoal-do-texto-de-severino-2013pdftopowerpointpdf/266915052

domingo, 5 de julho de 2020

27 de junho de 2015 - 27 de junho de 2020: 5 anos sem Maria Lígia Stupelli Amaral, um exemplo de caridade!

 
Há cinco anos atrás, o Senhor Nosso Deus recolhia para o seu reino de Glória, Maria Lígia Stupelli Amaral, minha ex-madrinha de batismo da Igreja Católica Apostólica Romana. 
Casada com Osvaldo Pereira do Amaral, mãe de Czar, Vadinho, Zezinho e Bel, foi a mulher que me ensinou a Amar a Deus sobre todas as coisas, a amar o necessitado e a pôr o conhecimento, as posses e a fé, a serviço dos mais carentes. 
Diante da pergunta, típica de um mundo marcado pela apropriação e pelo egoísmo econômico, em que cada um(a) apenas medita no seu próprio futuro financeiro, pensando apenas nas finanças de seus descendentes, dos membros de sua prole, ela nos ensinou que, primeiro, deve servir aos mais pobres, por meio da caridade, expressão pura do Amor a Deus, sem querer, nem desejar nada, absolutamente nada, em troca. 
Para muitos isso pode soar como algo impossível, mas, Deus me deu o prazer, desde o dia 3 de março de 1974, ocasião de meu batismo católico, na Igreja do Jd. Botafogo, na Avenida Brasil, em Campinas/SP, pelas mãos do Pe. José Giordanno, que me batizou a pedido de minha madrinha, que fazer o bem é confiar exclusivamente Naquele que Fez os Céus, a Terra, Naquele que Não Dorme, nem Cochila: é Ele que é o Senhor de Tudo e de Todos, o Misericordioso, o Compassivo, o Eterno, o Único.
Muito obrigado, minha querida "mãedrinha", pois, com todas as dificuldades, eu e minha esposa Gislaine Silva de França, pretendemos seguir os mesmos passos da senhora, com o exercício pleno e contínuo da caridade. 
Muito obrigado por cuidar de mim, pois, quando eu não tinha forças, como bebê, como criança, como adolescente, como jovem, como adulto, como solteiro, como casado, como religioso católico da Arquidiocese de Campinas (e depois protestante), como docente, a senhora sempre foi a expressão mais verdadeira, pura e fraterna do Amor divino, predisposta a servir, a ajudar, a me nutrir, a me energizar, a me abençoar,  a levantar a minha cabeça, com altivez e, simultaneamente, com humildade.
Descanse em paz. 
Nós, com muita dor nos corações, estamos bem, Madrinha; estamos tocando a caminhada, em direção ao feliz encontro divinal, embora a sua falta, muitas vezes, acentua, mexe, fere, sangra, doí; e os choros, manifestos pelas lágrimas, lançam-se ao chão do carro, à roupa, no paletó, ao tapete da casa, ao solo do avião, principalmente naqueles inexplicáveis momentos em que a dor não se oculta e manifesta inesperadamente. É o coração expressando a dolorosa falta física da senhora, ainda que a alma esteja harmonizada, em paz, em comunhão.
Eu, minha família e a família Stupelli Amaral, agradecemos ao Vereador Geraldo Medeiros da Silva, ex-presidente da Câmara Municipal de Sumaré, grande amigo e irmão que nos concedeu a benção de nomear uma Rua, em Nova Veneza, com o nome dela, a meu pedido, sonho almejado pelo Zezinho (José Eduardo Pereira do Amaral), meu grande irmãozinho, e pelo Tom (Wellington Amaral Batista), filho do Ricardo e da Bel, meu primeiro afilhado espiritual. 
Paz, saúde e bem, e que nossa "mãedrinha" Maria Lígia Stupelli Amaral nos ajude; que Deus, Nosso Eterno Criador, nos abençoe e nos santifique e, sobretudo, que cicatrize nossos corações machucados pela dor da ausência...

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

Plataforma Lattes:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5

Assista o vídeo no Canal do YouTube em homenagem à Maria Lígia Stupelli Amaral:

Aristóteles, o Estagirita: a experiência!

Para Aristóteles (384-322 a.C.), “nihil est in intellectu quod non fuerit primum in sensu”, ou seja, tudo o que há em nosso intelecto provém dos sentidos. Embora fosse aluno de Platão e respeitasse as ideias de Sócrates, o estagirita – alcunha histórica por ter nascido em Estagira, na Macedônia -, autor de diversas obras sobre Lógica, Física, Filosofia, Metafísica, Política, Botânica, Zoologia, etc., compreendia a realidade como derivante das experiências sensitivas humanas. Segundo ele, nós nascemos como uma tabula rasa, uma folha em branco; na medida em que pela visão, tato, paladar, olfato, audição, vamo-nos conhecendo e/ou assimilando os objetos e as coisas que nos circundam, passamos a compreender cada coisa em sua insubstituível realidade material; as experiências, portanto, são as bases fundamentais do conhecimento humano.

Enquanto Platão defendia a preexistência da alma, do Ser e do mundo das ideias, Aristóteles conceberá o conhecimento como oriundo de um constante aprendizado e de um permanente embate entre verdade e falsidade, o que naturalmente leva a comportar o erro, a dúvida e a imprecisão, sempre em busca de um saber sistematizado, lógico e coerente. Ademais, a própria Lógica que ele solidificará, a partir do estudo dos silogismos, revelará a necessidade da criação e da fundamentação de um conhecimento com valor objetivo e universal, isento de preconceitos e equívocos.

Três informações são essenciais para se entender a profundidade do criador do Liceu: as teorias da matéria e da forma (hilemorfismo); as definições de potência e ato; e os princípios das quatro causas (material, formal, eficiente e final). Para se tomar ciência dessas teorias é nos dado um clássico exemplo citado pelos historiadores da Filosofia, no Dicionário de Filosofia, de Gérard Durozoi e André Roussel, publicado em 1993, pela Editora campineira Papirus: a estátua de mármore. 

“(...) O mármore é a causa material da estátua; a causa formal corresponde à ideia que dá a cada coisa sua forma determinada (a ideia do escultor); a causa eficiente é o antecedente imediato que provoca a mudança (cinzelada), e a causa final é o objetivo visado (ganho, amor pela arte)” (DUROZOI; ROUSSEL, 1993, p. 36). A potência, neste caso, indica as prováveis possibilidades de ser do mármore, que passa à condição de ato após receber uma forma, a de estátua de mármore.


BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

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Obs.: 
Texto escrito originalmente em 21 de novembro de 2005 para a Coluna "Um penetra na ágora", criada por mim em 2005, vinculada ao Jornal "Tribuna Liberal", de Sumaré/SP, onde eu escrevia, às Quartas-feiras, voluntária e gratuitamente.

Platão (Aristocles): "O mundo das ideias"!

“Eidos”, “Idea”, expressões para designar visão, ideia, uma representação mental da coisa abstrata ou concreta, uma abstração acerca da realidade ou sobre componentes dela. O mais brilhante aluno do filósofo Sócrates concebe a realidade através da ideia, princípio basilar de seu pensamento. 

Segundo Aristocles (428-348 a. C), universalmente conhecido como Platão - devido ao seu aspecto robusto -, as ideias são formas, modelos perfeitos ou paradigmas, eternos e imutáveis, que transcendem a realidade material e que visam fundamentar a compreensão do real. Enquanto a corrente filosófica materialista recorre aos sentidos humanos e a experiência prática para captar o real, Platão concebe o mundo sensível como derivante das ideias; tudo aquilo que existe e que se vê seria um simulacro da verdadeira realidade, a “essência”, aquilo que faz algo ser o que é, do ser, termo que ele empresta de Parmênides.

Há diversas vertentes de pensamento que vão redefinir as obras escritas por Platão com diferentes contribuições, interpretações e olhares. Uma delas, influenciada, sobretudo, pela releitura dos pensadores da Renascença, dirá que, para o autor de “A República”, o mundo é concebido de duas formas: a primeira, o mundo sensível, resulta da observação empírica e da captação do real pelos sentidos; a segunda, o mundo inteligível, define-se como uma realidade supra-sensível, meta-empírica, que vai além daquilo que se vê, ouve, enxerga, tateia ou que se saboreia; na verdade, segundo ele, toda experiência humana apenas seria uma recordação do mundo inteligível.

Portanto, para Platão, o real é apenas uma representação de algo que previamente existia na forma de essência, no “Mundo das ideias”, o "Hiperurânio", local de habitação de nossa eterna alma. Tudo aquilo que, de fato, existe seria uma cópia imperfeita daquilo que eternamente existiu como essência. Ademais, para Platão, a ideia de Bem, assim como o Sol, deve ser o fundamento da existência humana, sobretudo do amante do saber.

O protagonista da Filosofia Idealista instalou sua escola filosófica, a Academia, em Atenas, e tornou-se historicamente conhecido como o inventor do diálogo e da dialética como instrumentos filosóficos.


BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

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Obs.: 
Texto escrito originalmente em 4 de novembro de 2005 para a Coluna "Um penetra na ágora", criada por mim em 2005, vinculada ao Jornal "Tribuna Liberal", de Sumaré/SP, onde eu escrevia, às Quartas-feiras, voluntária e gratuitamente.

Maria Lígia Stupelli Amaral: uma mulher de Deus, expressão da pura caridade: homenagem póstuma!

 

Nascida no dia 17 de novembro de 1947, na cidade de Campinas/SP, morou por toda a vida na região central de Sumaré/SP.

Filha de José Stupelli e de Isabel dos Reis Stupelli, Maria Lígia era filha única; no dia 30 de junho de 1962 se casa com Osvaldo Pereira do Amaral, com quem tem quatro filhos: Czar Pereira do Amaral, Osvaldo Pereira do Amaral Filho, José Eduardo Pereira do Amaral e Isabel Cristina dos Reis Amaral.

Desde adolescente exercia atividades beneficentes; após o casamento auxiliava permanentemente a obra dos Vicentinos, ação benemérita católica, com a intenção de mitigar o sofrimento dos mais pobres de nosso município.

Na década de 70, visionária e empreendedora, ela implantou uma empresa têxtil na cidade, “Têxtil Dória Ltda.”, na Rua Antônio do Valle Mello, no centro de Sumaré, estabelecimento comercial e industrial que a permitiu empregar grande quantidade de jovens e de pais e mães chefes de família.

Sua vida foi marcada pela simplicidade e religiosidade; filantrópica e caridosa, por natureza, ela é tida como uma das mulheres com o maior número de afilhados e afilhadas de Batismo, de Primeira Comunhão, Crisma e de Matrimônio, segundo documentos da Paróquia Matriz de Sant’Ana de Sumaré, além de registros das Paróquias adjacentes ao nosso município, de acordo com dados da Arquidiocese de Campinas.

Com muita frequência, aos finais de semana, ela, acompanhada do marido e dos filhos, fazia visitas constantes aos afilhados e as pessoas mais carentes, sempre conduzindo um presente, uma lembrança ou mantimentos para atender os mais necessitados. Seu ideal de vida era o amor ao próximo, o auxílio ao idoso e doente e o amor imensurável pelas crianças.

Com a permissão de Deus, Nosso Eterno Criador, ela nos deixou no dia 27 de junho de 2015, trazendo aos corações de tantos que ela amou e ajudou muitas saudades e recordações que o tempo e a distância jamais irão apagar.

Obs. 1: 

Texto escrito pelo seu afilhado mais velho, Prof. Benê França, a quem ela alimentou, amou, vestiu e educou. Entre tantos ensinamentos concedidos, um mais nos chamou a atenção:  que só há um caminho que conduz aos céus e à felicidade plena, a caridade, pois, segundo Maria Lígia, com confirmação bíblica, só a caridade é a perfeição:

“Acima de tudo, no entanto, revesti-vos do amor que é o elo da perfeição”

(Carta de São Paulo Apóstolo aos Colossenses, capítulo 3º, verso 14).

 

Obs. 2: 

Este texto foi lido no Plenário da Câmara Municipal de Sumaré/SP, pelo Vereador Geraldo Medeiros da Silva (PT/SP), ex-aluno deste docente na EE Profa. Maria Ivone Martins Rosa, a quem hoje agradecemos pela honra concedida, conforme dito, com a nomeação de uma Rua, no Distrito de Nova Veneza. 

O que até então ninguém sabia é que, após assinar a documentação pela Caixa Econômica Federal, em função de receber um Apartamento no Condomínio “Residencial Águas de Santa Bárbara”, pelo Programa do Governo Federal denominado "Minha Casa, Minha Vida", em uma Terça-feira, 23 de junho de 2015, Maria Lígia passou mal, foi socorrida pelos familiares e internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jd. Macarenko, em Sumaré, e, infelizmente, no Sábado, dia 27, falece. 

Quando o Vereador Geraldo Medeiro, por meio de Decreto Municipal assinado pela Prefeita Cristina Carrara (PSDB/SP), concede o nome da Rua 1 como “Rua Maria Lígia Stupelli Amaral”, nem ele nem nós sabíamos que, a rua nomeada, seria a residência onde Maria Lígia moraria, se não tivesse falecido. Coincidência? Não. 

Isso se chama “Providência Divina”. 

Glória a Deus nas Alturas.


Obs.: 3: 

Essa bela história é narrada, com outros elementos de imagens e áudios, no Canal do YouTube do Prof. Benê França (https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefranca). 

Assista o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=JWntXqGM7Xw


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Heráclito e Parmênides

Na Escola Estadual Profa. Maria Ivone Martins Rosa, onde lecionei “Filosofia”, e no curso de Bioquímica, na Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado (Etecap), onde administrei aulas de “Ética e Cidadania”, sempre era motivo de algazarras quando se mencionava os pensadores Parmênides e Heráclito. De fato, são nomes tipicamente gregos, que provocariam chacotas e rostos sisudos nos oficiais de Cartório de Registro Civil se algum pai ou mãe, em estado psíquico alterado, quisesse homenagear sua prole com um dos esdrúxulos nomes. Chacotas à parte, o certo é que não teríamos a Filosofia sem esses dois senhores; eles são como o trigo, o ovo, a água e o fermento nas mãos do padeiro.
Heráclito (576-480) é de Éfeso, colônia Jônia do século VI antes de Cristo; Parmênides (540-450), de Eleia, região próxima ao Mar Tirreno. Os historiadores da Filosofia têm o hábito de dividir o pensamento filosófico em diversas correntes, sendo assim, tanto o expoente da Escola Jônica (ou Iônica) quanto o da Escola Eleática são classificados como pré-socráticos, pois são anteriores ao pai da Filosofia, Sócrates (469-399). Não é à toa que todos os demais filósofos foram influenciados por esses dois grandes pensadores!
Para Heráclito, tudo flui. O símbolo do seu pensamento é o fogo, que designa, entre outras coisas, a variação, a alteração, a mutabilidade das coisas. “Não se toma banho duas vezes no mesmo rio”, pois, seja a pessoa ao banhar-se não ser mais a mesma, seja pela natureza dos rios, diferente dos lagos, pela movimentação contínua das águas. 
O ícone heraclitiano é a ideia da transformação, bem explicitado no slogan grego que dá origem ao seu pensamento: “Panta rei” (Πανtα  ρηi). A genética, através do conceito de mutação, a física, mediante o conceito de movimento, são apenas algumas das áreas antevistas pelo filósofo de Éfeso, um dos sete sábios da humanidade.
A pesquisa do sábio eleático funda-se no seguinte princípio: “O real é e não se pode dizer que não é, porque não se pode conhecer nem exprimir o que não é. Isto é, ou não é; o ser é ou não é”. Ademais, para ele só há dois tipos de filosofia, a que contempla a verdade e a que venera a opinião.
Afirmações que todos os dias nós ouvimos e dizemos como “as aparências enganam”, “nem tudo o que parece é”, derivam do sábio de Eleia. Para ele, é indissociável a combinação pensar e ser, pois ao pensar nós somos, existimos, afirmação que influenciou diretamente o francês Renê Descartes (1596-1650), que disse: “Penso, logo existo”.
Antagônico ao pensamento heraclitiano, Parmênides, é o grande pai da Metafísica. Para ele, nada se altera, pois o ser é hoje e sempre será o mesmo; a identidade, a essência do ser, é permanentemente sempre a mesma.
Se a Biologia e a Física amparam os dizeres de Heráclito, a Teologia e a Metafísica sustentam as proposições de Parmênides. Por conseguinte, se um defende a transformação, o outro argumenta a favor da essência, da permanência, da imutabilidade dos seres.
Todas as vezes que discutimos as concepções desses dois pensadores, a primeira coisa que os estudantes perguntam é sobre quem tem a razão. Epistemologicamente ambos estão corretos, pois lançaram preposições para discutirmos, avaliarmos e repensarmos as nossas concepções; todavia, o grande sábio é aquele que reconhece a própria ignorância e que se dispõe a ouvir, a entender e a sopesar aquilo que está sendo sugerido; postura diferente do ignorante, que ante a novidade, apresenta-se indisposto a remoção dos próprios preconceitos, pré-juízos e falsas opiniões. 


BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)

46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

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Obs.: Texto escrito originalmente em 11 de maio de 2005 para a Coluna "Um penetra na ágora", criada por mim em 2005, vinculada ao Jornal "Tribuna Liberal", de Sumaré/SP, onde eu escrevia, às Quartas-feiras, gratuitamente.

sábado, 30 de maio de 2020

Sócrates: Nada sei!


“Só sei que nada sei” é o lema filosófico atribuído ao grande pensador ateniense Sócrates, o pai da Filosofia. Segundo a historiografia, há dúvidas sobre a real existência dele. Alguns dizem que ele teria sido apenas um mero personagem dos diálogos de Platão; para outros, as obras de Xenofontes, Aristófanes e as do criador da “Academia” corroboram a sua existência histórica.
Os biógrafos de Sócrates afirmam que, certo dia, Querefonte teria ido à Delfos, onde havia um templo dedicado ao deus Apolo, e ao consultar o oráculo – o mediador entre o visitante e a Pítia, sacerdotisa do templo -, acerca do homem mais sábio do mundo, ela teria dito que seria Sócrates. Ao tomar ciência que excedia a todos os demais homens em sabedoria, Sócrates, humildemente, rejeitou a proposição e, com mais de 65 anos de idade, começou a interpelar todos aqueles que julgava verdadeiramente sábios, a fim de refutar a profecia da Pítia. Este era o seu projeto pedagógico-filosófico. Quanto mais Sócrates questionava um, sopesava outro, indagava ao artesão, ao juiz ou interrogava ao político de Atenas, mais ele se convencia do falso conhecimento que esses tinham, e ele, diferente desses, uma só coisa de todas as possíveis ele tinha certeza: que nada sabia.
Ora, este saber negativo visava atingir o verdadeiro saber, o conhecimento pleno das essências das coisas, da ética, da política, do comportamento humano, da felicidade. Sócrates desconhecia esses saberes teóricos e práticos e ao indagar para quem ele julgava tê-los, como bom estudante, ele queria assimilá-los, aprendê-los. Infelizmente, os seus métodos de investigação e de pesquisa o fizeram ganhar inúmeros adversários, ardorosos inimigos, tanto quanto sequazes. A ironia e a maiêutica eram instrumentos pedagógicos para resgatar, mediante perguntas, respostas, e através destas, novas perguntas, visando obter a verdadeira essência do conceito e a base consolidada do saber.
Julgado na Ágora como “corruptor da juventude” e de “não crer nos deuses da cidade”, foi obrigado a tomar cicuta, e morre em 399 a.C. Sócrates é o grande mártir do pensamento ocidental, porquanto de uma só coisa ele conhecia: que nada sabia e, como bom estudante, que estava predisposto a aprender.

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Tomás de Aquino: Deus existe!

A existência de Deus é uma verdade da razão e da fé, para o italiano Tomás de Aquino (1227-1274), o “doutor Angélico” da Igreja Católica, grande expoente da Escolástica, corrente filosófico-doutrinária proeminente dos séculos XII-XIV, fundamentada, sobretudo, em Aristóteles e nas exegeses bíblicas. São Tomás de Aquino exclui que a existência divina seja apreendida por “intuição direta”, porquanto, nesse caso, não haveria a necessidade de prová-la; também não admite que se possa concebê-la “a priori”, partindo da “ideia de Deus”, como argumentava alguns pensadores cristãos pela “prova ontológica”, pois, segundo Tomás, da ordem da ideia não se pode passar à ordem da realidade. Deus, para ele, demonstra-se “a posteriori”: parte-se, antes, daquilo que nós conhecemos e sabemos, além das coisas sensíveis, assimiladas pelos sentidos humanos. Daí a necessidade de buscar provas racionais para a existência de Deus; Tomás de Aquino nos propõe cinco:
1ª) Tudo o que se move é movido por outrem. Ora, se todo movimento supõe uma causa, deve existir um primeiro motor, imóvel, causa de todo movimento não provocada por nenhuma outra força motriz;

2ª) Todo efeito tem uma causa; assim, deve existir uma causa primeira, razão de todos os efeitos, não causada nem provocada por nada;

3ª) Toda coisa é contingente, incerta, e não tem razão de ser em si própria; portanto, deve haver algo não contingente, um Ser necessário, fundamento de tudo;

4ª) Toda coisa tem certo grau de perfeição; deve existir, portanto, um parâmetro do que é perfeito, um Ser absolutamente perfeitíssimo;

5ª) Toda coisa é dirigida a um fim; deve haver, assim, uma inteligência ordenadora do universo que a dispõe nesta perspectiva.

Verifica-se que São Tomás parte de um fato, por exemplo, as coisas têm movimento, as coisas são contingentes, etc., e aplica a este um princípio, por exemplo, o que se move é movimento por outrem, todo efeito remete a uma causa, etc., visando concluir que Deus existe. Assim à pergunta “se Deus existe”, a razão, em harmonia com a fé, responde que “sim!”.

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

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São Tomás de Aquino: fé (fide) x razão (ratio)

Pela História da Filosofia, o filósofo e teólogo Tomás de Aquino – mais conhecido pela Igreja como “Doutor angélico”-, é contextualizado como um pensador vinculado a Escolástica que surge entre os séculos XII e XIV de nossa era; esta é concebida como “pensamento da escola ortodoxa e doutrinária medieval”, visto que é a base da Teologia cristã. Ela propõe, assim como a Patrística, uma síntese entre os princípios gerais da filosofia clássica e a religião cristã; contudo, enquanto Santo Agostinho fundamentará suas afirmações em Platão e no platonismo, São Tomás alicerçará em Aristóteles e no aristotelismo.
Tomás de Aquino nasce na Itália, em 1227, e falece em 1274, enquanto se dirigia para o Concílio de Lyon; além de ser oriundo de uma família nobre e de ter estudado em Nápoles, Paris e Colônia, tem uma formação filosófica e teológica extremamente consolidada. De todos os pensadores da Filosofia clássica quem mais lhe chama a atenção é Aristóteles. Por conseguinte, suas obras são influenciadas pelo Estagirita, desde as concepções aristotélicas da matéria e da forma (hilemorfismo), bem como as definições de potência e ato e os princípios das quatro causas (material, formal, eficiente e final). Tudo aquilo que compatibiliza o pensamento aristotélico ao bíblico-cristão Tomás considera; aquilo que imprime contradição, ele refuta e, com base na doutrina cristã, dá uma nova interpretação. Não é a toa que muitos historiadores da Filosofia dizem que Tomás de Aquino, sob o intuito de racionalizar as verdades da fé, “cristianiza” o macedônico Aristóteles.
Ora, se a Patrística conciliava, de forma pacífica e harmônica, a fé e a razão, estabelecendo a crença como fundamento para a real compreensão e entendimento das coisas, e vice-versa, a Escolástica, sobretudo com Tomás de Aquino, rejeitará esse pretensioso vínculo; Tomás considera a Filosofia “ancilla theologiae”, ou seja, como escrava e subordinada à Teologia, pois aquilo que a Filosofia pode apreender ou captar deve ser submetido, constantemente, à lógica e às verdades da Teologia; assim, a fé é um fundamento exclusivo para o ato de conhecer. Inserido num contexto marcado pela rivalidade e de dúvidas acerca da verdade, o pensamento tomista vem recuperar a tranquilidade do homem medieval e a crença deste num discurso perene, ortodoxo e sem contradições.

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

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terça-feira, 12 de maio de 2020

Que é isto, a palavra Filosofia?



       Filosofia é uma palavra de origem grega, inventada por Pitágoras, que nasceu na ilha de Samos, reconhecido pela a História como o pai de um dos mais importantes teorema, o qual leva o seu nome, o Teorema de Pitágoras. Segundo o seu enunciado, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao valor do quadrado da hipotenusa; contudo, há hoje certa discordância entre alguns matemáticos e historiadores da Matemática sobre a real autoria deste Teorema. 
       Não obstante, sendo uma palavra radicada na Língua Grega, falada quase que exclusivamente pelos nascidos na Grécia, várias outras nações adotaram a expressão Filosofia, mantendo basicamente o som da língua original. Ora, é de comum acordo que todos os alfabetos possuem dois elementos: som e grafia. Sendo assim, a variação de um idioma para outro no que diz respeito à escrita da palavra Filosofia é bem pequena. Por exemplo, na Língua Inglesa, Filosofia é escrito como Philosophy; em Italiano, a palavra é escrita da mesma forma que se escreve em Português: Filosofia; em Espanhol, acrescenta-se tão somente o acento no segundo i, ou seja, Filosofía.
       Em Latim - idioma muito antigo do qual derivou inúmeros idiomas, entre eles o português, o francês, o alemão, o espanhol e o italiano-, escreve-se Philosophia. Sendo assim, todas estas variações gráficas derivam do grego: φιλοσοφία (escrita minúscula) ou ΦΙΛΟΣΟΦΊΑ (forma maiúscula). Ainda que a escrita grega seja bem distinta dos símbolos gráficos das línguas derivadas do Latim, uma coisa é certa: o som da palavra “Filosofia” fundamenta-se exclusivamente na entonação grega, ou seja, nós pronunciamos esta palavra da mesma forma como os gregos a falam.
       Como se observa, seis letras diferentes, em grego, formam a palavra Filosofia: Φ (fi) - ι (iota) - λ (lambda) - ο (ómicrón) - σ (sigma) - α (alfa).  As letras fi, assim como iota e ómicrón, aparecem duas vezes. Ora, muito mais do que isto, assim como outras palavras, a expressão Filosofia é portadora de um significado, de um sinônimo. Sendo assim, ela se divide, segundo a etimologia, em duas palavras distintas: Φιλός (FILO) + σοφία (SOFIA).
       Φιλός vem de φιλία, que dá origem a palavra em Latim, amicitia, ambas significam, em Português, amizade ou amor. Tanto φιλός  quanto φιλία  são expressões que derivam de φιλεω: um tipo de amor exclusivamente afetivo e, sobretudo, racional. Por sua vez, o radical φιλεω também pode ser traduzido como uma habilidade que, por vocação ou por causa da voz interior – ou seja, da consciência -, busca superar obstáculos e desafios que a vida nos apresenta.
       Quanto à σοφία, em Latim, significa sapientia, a qual pode ser traduzida para o Português como sabedoria, expressão que possui o seguinte significado, segundo o Minidicionário Aurélio: “s.f. 1. Grande conhecimento; saber, ciência. 2. Qualidade de sábio. 3. Prudência, sensatez” (FERREIRA, 1989, p. 454). Por outro lado, alguns acreditam que a palavra saber deriva de sabor, no sentido de valorizar a preferência pessoal e o valor subjetivo do conhecimento.
       Com efeito, ao inventar a palavra Filosofia, o matemático Pitágoras quer nos ensinar que ela expressa, principalmente, um grande amor pela sabedoria, e o filósofo, como portador dela, é um amante do saber e um devoto da verdade.
 
BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA) – 46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

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Obs.: Agradeço ao competente profissional da Fatec de Americana, sr. William Toshio Nakagawa, tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e perito da área de computadores, por me ajudar a inserir os termos gregos neste Blog, com a predisposição similar a dos anjos divinos, que nos livram das ciladas e nos guardam de todos os males, inclusive os derivados da inaptidão tecnológica. Muito obrigado, Senhor Nakagawa.  


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Andar de bicicleta: um princípio ético!


Que momento bizarro estamos vivendo. Na nossa mera opinião que, segundo a Filosofia, não tem valor de conhecimento nem de verdade, tudo se vincula à infância, sobretudo naquela áurea época em que aprendíamos a andar de bicicleta.

Meu pai trabalhou para um senhor que não tinha dinheiro para pagá-lo e lhe ofereceu, pelo serviço realizado, duas depenadas bicicletas azuis. Eu e o meu irmão, Márcio, ficamos felizes. Mas, como aprender a andar de bicicleta montado em algo, como diria Platão, desprovido das reais qualidades de uma verdadeira bicicleta? Nossa sorte é que tínhamos um excelente irmão mais velho, o “João”, que dava um jeito para tudo. Certo dia, João cismou de nos ensinar a andar de bicicleta; para ele, este ato significava ter equilíbrio na vida, era superar o segundo desafio humano, pois, o primeiro, foi suplantado na infância, pela persistência de nossos pais e irmãos, que nos treinaram para substituir o ato de gatinhar para que andássemos firmemente com os próprios pés; andar de bicicleta, portanto, era superar a fase da dependência dos progenitores e protetores, denotava transcender os desafios da vida, sustentados em algo que tínhamos o controle, desde que aprendêssemos com os erros, com os tombos e machucados, e mantivéssemos a humildade e paciência. João era persistente. Ademais, nosso objetivo era mais difícil de ser alcançado, pois a nossa bicicleta só tinha quadro, um pedal, corrente, um guidão torto e dois aros sem pneus!

Fomos à Rua 13, do Jd. Alvorada, na periferia de Sumaré/SP, Brasil, sem asfalto, porquanto o meu irmão dizia que se caíssemos, o sofrimento seria menor. E ele nos fez uma condição: só faria quatro tentativas.

Aprenderíamos a equilibrar e a perder o medo do tombo ou perderíamos o instrutor.

Na primeira tentativa, o Márcio foi para o mato e voltou mancando; vendo os erros dele, percebi que tinha que inclinar o meu pé no único pedal e, para contrabalançar, lançar o corpo, quase 23 Kg., para o outro lado. Essa tentativa teria sido um sucesso, senão fosse novamente aquele malfadado mato. Tínhamos mais três tentativas.

Na segunda, o Márcio caiu e chorou: “Não quero mais andar de bicicleta!”. João me perguntou se eu iria. Lá fui eu. Ele me empurrou com tanta força que não tinha como cair, bastava se equilibrar, e eu consegui. Só não entendi, aos meus 5 anos, o porquê que a bicicleta não parou e por qual razão eu saí daquela rua e fui cair num canteiro de obra da Avenida Rebouças; depois me explicaram que na vida tudo tem que ter freio, inclusive a bicicleta.

Que maravilhoso seria se os novos deputados federais e estaduais, senadores, governadores, além dos Ministros da República e do Supremo Tribunal Federal, tivessem aprendido a andar com a nossa bicicleta, tendo nosso irmão como instrutor. Não teriam tempo para os permanentes equívocos de outras legislaturas nem desperdiçariam as poucas possibilidades de transformação da vida de nossa gente simples. Sabendo se equilibrar, evitando, em todo o tempo, os excessos ou as faltas, como propôs Aristóteles, a vida de nosso povo seria menos triste e difícil.

Errar é humano, já confirmava o adágio popular; insistir no erro, como diria os existencialistas, é desejar ser mais humano que os demais seres. George W. Bush, por exemplo, saberia quando parar; bastaria usar racionalmente os freios do ego e do ufanismo do “american way of life”; sunitas e xiitas, no Iraque, entenderiam que o perfeito equilíbrio provém do par de pedais e que não adianta querer conduzir uma bicicleta sem proporcionar a justa distribuição do peso, altura, volume e do medo.

Ora, pedalar como certos jogadores de futebol é fácil, sobretudo quando há adequadas condições sócio-econômicas; quero ver pedalar, como os meus 2000 estudantes da Região Metropolitana de Campinas, atrás de uma oportunidade de emprego, de uma bolsa universitária, da realização de tantos sonhos, tão maravilhosos quanto justos, sem ter uma “bicicleta”. Não obstante, todos esses "matos" fazem parte da "rua sem asfalto" que, quando aprendemos a equilibrar, independentemente das políticas ambíguas nacionalistas, alcançaremos um lugar na "Avenida", nem que seja na sarjeta, machucados, mas o essencial terá sido atingido: obteremos a vitória pelo incentivo alheio e pela autoconfiança, embora nem sempre a vida nos dê pneus.

Benedito Luciano Antunes de França (Prof. Benê França) – 46 anos.
Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da Faculdade de Tecnologia de Americana (FATEC – Americana/SP) e Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, pela Secretaria Estadual de Educação, em Sumaré/SP.

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Obs. 1: Artigo originalmente escrito para o Portal lusitano "Portugal-linha.pt", conforme link abaixo:
http://www.portugal-linha.pt/200808031714/Andar-de-bicicleta-um-principio-etico/menu-id-52.html

Obs. 2: Este artigo tornou-se uma das publicações  mais reproduzidas pela imprensa brasileira, por diversos jornais e Blogs, de quase todas as unidades federativas de nossa querida e sofrida nação.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Festa "Ligado na Inclusão": 20 de outubro de 2019



Inclusão, segundo os dicionários eletrônicos disponíveis na Web, é o “ato de incluir e acrescentar”. Em outras palavras, é uma interação que tende a adicionar coisas ou pessoas aos respectivos grupos e/ou núcleos que, antes, em decorrência da segregação, não faziam parte. Por conseguinte, nas relações interpessoais, pressupõe que a inclusão se torne “um ato de igualdade entre os diferentes indivíduos que habitam determinada sociedade”. Desta forma, o ato de incluir visa, sobretudo, integrar os indivíduos para que tenham as condições plenas para participar de todos os atos da vida coletiva, “sem sofrer qualquer tipo de discriminação e preconceito” (SIGNIFICADOS, 2011-2019).
Deixando de lado a formalidade conceitual, para uma adolescente assistida pelo Projeto Ligado, do Governo do Estado de São Paulo, presente na Festa “Ligado na Inclusão”, ocorrida no último Domingo, dia 20 de outubro, assim expressou:
“Quando pessoas sem deficiência chamam a gente para uma festa, muitas vezes a gente não vai, porque nossa condição física – nosso corpo e nosso jeito chamam a atenção, as pessoas, por mais que não queiram, olham para a gente de forma diferente, estranha, assustada -, mas hoje, graças ao STA e EMTU ocorreu justamente o contrário: a gente que chamou os não deficientes para a Festa do Ligado da inclusão: a gente que os incluiu!”.
Outra adolescente foi categórica: “Domingo foi incrível me senti tão confortável, me senti incluída; não tive vergonha de ser eu mesma!”.
Fruto da parceria do STA (Sindicato dos Proprietários de Veículos no Transporte Coletivo Alternativo) com a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), com a adesão da Casa de Show “Chapéu Brasil”, em Sumaré, um sonho do Sindicato tornou-se possível neste ano: a 1ª edição da Festa “Ligado na Inclusão”.
Sob o pretexto de comemorar o Dia das Crianças, no último Domingo, dia 20, mais de 80 associados do Sindicato, junto com a Diretoria do STA, não mediram esforços para arrecadar dinheiro, brinquedos, bicicletas, alimentos, refrigerantes, doces, salgadinhos, balas para atender as crianças assistidas pelo Ligado,  Serviço Especial Conveniado (SEC), derivado do convênio firmado entre a EMTU e a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, com a finalidade de “atender as necessidades e estimular a inserção das pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida severa no Sistema de Transporte Metropolitano já existente”, conforme aludido no Portal da EMTU do Estado de São Paulo.  
Idealizada pelo STA e pelos seus respectivos cooperados, com a intenção original de atender em torno de 3 mil pessoas, entre crianças e adolescentes do Projeto Ligado, familiares, motoristas e monitores, a Festa, na verdade, contou com a presença de quase 6 mil participantes.
As expressões fisionômicas somadas aos gritos dos cadeirantes, dos portadores de múltiplas síndromes e patologias congênitas e adquiridas, se confundiam com a êxtase dos pais, parentes, amigos e visitantes adjacentes ao Jd. Dall’Orto, onde se localiza a Casa de Show “Chapéu Brasil”.
Balões pula-pula, água jorrada pela mangueira do Corpo de Bombeiro de Sumaré na piscina de espuma de sabão, corrida de cadeirantes promovida pelo grupo “Pernas de aluguel”, de Hortolândia, levaram todos os presentes ao delírio. Algumas pessoas expressaram que era uma mistura confusa de lágrimas, encanto e extremada satisfação, cujas emoções somente a vida pode causar. Ex-jogadores amputados do Clube de Futebol da Ponte Preta, de Campinas, também prestigiaram o evento, a fim de trazer a seguinte mensagem: “Perder os movimentos físicos que geravam confiança, ser impedido de fazer o que gostava, são coisas difíceis e profundamente dolorosas. Porém, mais difícil ainda é viver sem ter esperança, algo que somente a vida, independentemente de sua condição física, econômica, psicológica, orgânica, pode inspirar”.
Mais do que presenteados pelos brinquedos, pelos personagens da Liga da Justiça, maquiados e alimentados pelos voluntários presentes no evento, os maiores beneficiados foram os familiares, os associados ao STA e os funcionários da EMTU, do Samu e da Prefeitura Municipal de Sumaré, pois tiveram um domingo especial, inclusivo, altruísta e fundamentalmente humano.
Parabéns STA.
Parabéns EMTU.

Benedito Luciano Antunes de França (46 anos)
Professor de Ética, Direito e Metodologia da Fatec Americana e Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP

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sábado, 22 de setembro de 2018

Em tempos de eleições, a ressurreição da importância da palavra




Havia vida na palavra quando se podia ensinar; havia vida nas palavras quando as cordas vocais melodiavam uma cantiga para os atos de escrever e de falar. Havia existência na comunicação quando autor e leitor dialogavam, numa comum relação, mediatizada pelo texto, buscando, através deste, a compreensão do tema, a identificação do problema, a justificação para a defesa daquela tese, assentada na coerente argumentação. Sendo assim, de um texto brotava, primeiramente, a reflexão individual, e, por conseguinte, a discussão coletiva.
Havia vida na palavra quando alguém falava e o outro se sujeitava a escutar; ainda que discordasse daquelas presunçosas premissas, a refinada paciência e a cordial educação o impeliam a ouvir e a tolerar. E, desta forma, todos se contagiavam, e por onde a palavra excursionava, a vida surgia; graças a ela, havia vida na família; havia vida nas escolas, nas igrejas, na sociedade civil.
Das escolas peripatéticas às escolas retóricas medievais, seja andando ou estático, o educando queria ouvir, assimilar, sugerir e debater, porquanto a palavra vitalizava. Havia vida na Patrística e na Escolástica, pois havia reflexão nos centros universitários secularizados e nos monastérios.
As correntes antagônicas, racionalistas e empiristas, marxistas e liberais, capitalistas e socialistas, eram também propulsoras de vida, porquanto entendiam que o conhecimento nascia do conflito, a verdade, do paradoxo e do consenso, e a ciência, da crise.
Não obstante, a partir do século XVIII, emergiram as ditaduras e, em seguida, as falsas democracias com pseudos discursos antropológicos enjaulando, estruturalmente, a polimórfica liberdade. Reificada, passou a ser sinônimo de libertinagem. Se a verdadeira liberdade, outrora, incitava quem se julgava encarcerado, nesta deteriorada concepção, ela afugenta-se de seus pretensos defensores, ora provocando-lhes divagação, ora fazendo-se passar por uma interrogação: Liberdade ? ...
Infelizmente, o atual discurso das nações globalizadas é unilateral e monomórfico, tanto quanto as hodiernas pedagogias, fragmentadas, tornando estéril tanto o poder da palavra como o da crença que ela, anteriormente, ostentava. Hoje, a palavra está sendo aviltada e sentenciada a pena capital, o silêncio: quem pode falar, cala-se, face ao medo das represálias e retaliações; e quem pode, através dela, intervir, prefere a inércia.
Neste novo contexto, a humanidade retrocede e dizima o processo biopsicossocial que lhe garantia a humanização. Voltamos aos grunhidos das cavernas e quando não somos mais compreendidos, cajadadas, pedradas e fogo neles, pois na ausência da comunicação reina a violência, o medo, a indiferença, a covardia. Sujeitos à involução, a violência mundial revela a nossa condição de primata, caracterizada pela intolerância e incompreensão, fazendo-nos consentir com a notícia jornalística que a todos incrimina:
“Comunicamos o desaparecimento da senhora Palavra, às 0h01, do século XXI; filha da Escrita e do Som, irmã e esposa do Alfabeto, deixa muitos descendentes. A causa da morte é, segundo a perícia do Centro dos Seres Supostamente Evoluídos (CSSE), homicídio qualificado, ocasionado pelo silêncio e indiferença dos seus tantos usuários”.
Entretanto, ao escrever uma linha, ao sussurrar uma oração, a palavra, vociferada ou manuscrita, igual a Lázaro, ressuscita, graças ao poder cognoscente inato a nossa humanidade, e, enfim, nos assemelharemos ao Nosso Eterno Criador, que tudo fez e criou pela palavra. 

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (BENÊ FRANÇA) – 44 anos.
Mestre em Filosofia. Professor da Faculdade de Tecnologia de Americana (FATEC – Americana/SP) e Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, pela Secretaria Estadual de Educação, em Sumaré/SP.

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Obs.: Artigo originalmente escrito para o Portal "Portugal-linha.pt", conforme link abaixo:
http://www.portugal-linha.pt/200812111810/A-ressurreicao-da-importancia-da-palavra/menu-id-51.html

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Bodas de diamante: Arcida e Arcebiades

Em nome de meus irmãos, recebi a incumbência de resumir a história de amor de nossos pais, Arcida e Arcebíades, mais conhecidos como Cida e Bia.
Nascidos em Monte Azul/MG, filhos de agricultores, desde crianças experimentaram sofrimento, pobreza e medo. Sob o intenso sol do Riacho Seco, mãe, filha de Altina e de José Moreira, convivia com os demais irmãos e irmãs. Nosso pai, do Barreiro, filho de Felisberto e de Romana, com tenra idade teve que enfrentar a enxada para o plantio de algodão, feijão andu e melancia, além da criação de gado e a domação de animais redomões.
Mãe com 15 anos e pai com quase 23 se uniram em matrimônio no dia 17 de junho de 1958, na Paróquia Nossa Senhora da Graça. Após deixarem o convívio dos progenitores, foram habitar, primeiramente, em uma caserna, e depois, passaram a morar em uma casinha que os dois construíram no Barreiro. Após contínuas perdas agrícolas e pecuárias, por causa da tórrida seca que assolava o pasto e o bicudo que atacava o algodão, além das constantes desavenças entre familiares, mãe pediu a Deus para que preparasse uma terra, ainda que tivesse que trabalhar mais do que já trabalhava, ainda que tivesse um novo filho a cada ano, tudo ela aceitaria desde que o Altíssimo concedesse paz, conforto e alimento para os seis filhos menores. Assim como Jacó, que se fez passar por Esaú para obter a benção de seu pai Isaac, nosso pai inventou uma história de engorda de uma porca para que seu irmão, nosso saudoso Tio Lé (Clemente), emprestasse certa quantia de réis. Com o dinheiro, pai, sozinho, deslocou de Monte Azul para Sumaré, interior de São Paulo, sob a benção divina, o conforto e a segurança do amor autêntico e único de nossa mãe por ele. João Batista, Zé Bia, Beto, Lena, Cidinha e Roberto ficaram sob os cuidados de nossa mãe, que ainda zelava pela casa, roça e criações. Enquanto pai sofria com a solidão e o cansaço pelo trabalho na colheita de tomate, algodão e capinagem de lotes, mãe padecia com a desconfiança dos parentes, bem como convivia com o choro dos filhos e a dor da inquietação. Com penúria mesclada à amargura, ela aprendeu de um jeito diferente o que significava, verdadeiramente, crer em Deus, o que significava, de fato, ter fé.
Em meados de 1972, nossos pais atravessam Minas Gerais e São Paulo, pela antiga via férrea, por quatro dias de viagem. Agora, de carteira assinada pela Prefeitura Municipal de Sumaré e de posse de um barraco comprado de “Seu” Chico, na antiga Vila Sapo (Jd. Alvorada), o casal busca um recomeço. Em Sumaré, Deus permitiu novos filhos. Eu, Márcio, Paulo, André, Eliana, Fátima e Marcelo, além de três natimortos. Nesta nova cidade, João Batista conheceu Sônia; Zé Bia, Rô; Beto, Cleide; Lena, Cido; Cidinha, Chico; Roberto, Rosa; eu conheci a Gis; Paulinho, Geovana; André, Lilian; Eliana, Enderson; Fátima, Renato; e Marcelo conheceu Natália. Destas novas uniões matrimoniais nasceram Cristiano, Juliano, Thiago e Daniel; Vanessa, Felipe e Fabrício; Cibele e Fabiano; Jonathas, Thais e Matheu; Daniela; Camila; Gabriela, Gabriel e Graziela; Ana Beatriz e Maria Eduarda; Juninho; Agatha; Pedro e Ana Carolina; e, por enquanto, das netas Daniela, Rodrigo; da Cibele, Daniel; da Thais, Arthur; e da Vanessa, a bisneta Emanuela.
Parabéns ao casal pelos 60 anos de casamento, pelo amor, fé, alegria e coragem, pois como dizia o profeta Jeremias, feliz é o casal cuja confiança está totalmente depositada em Deus (Cap.17, 7).

Prof. Benedito Luciano Antunes de França (Prof. Benê França)

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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Como realizar um TG (Trabalho de Graduação) de sucesso? pelo Prof. Benê França


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COMO REALIZAR UM TRABALHO DE GRADUAÇÃO (TG) DE SUCESSO?
Benedito Luciano Antunes de França
http://lattes.cnpq.br/0434923849368793
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS)
FATEC Bragança Paulista – “Jornalista Omair Fagundes de Oliveira”
 Abono Pecuniário realizado entre 21 e 30 de janeiro de 2015
Bragança Paulista/SP, Brasil


INTRODUÇÃO

Para a efetivação de um Trabalho de Graduação (TG) exitoso, algumas etapas devem ser percorridas pelos estudantes concluintes de um dos Cursos de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”, doravante denominado de CEETEPS ou Centro Paula Souza:

Etapa 1 – O que se pode fazer como TG?
Etapa 2 – Quais materiais podem ser usados em um TG?
Etapa 3 – Quem poderá ser orientador temático de um TG?
Etapa 4 – Quais Normas da ABNT devem ser aplicadas no TG?
Etapa 5 – Como apresentar a versão impressa do TG?
Etapa 6 – Como desenvolver uma exposição oral do TG?
Etapa 7 – Deve-se revisar e corrigir o TG antes da entrega da versão definitiva?

Em conformidade ao Projeto Pedagógico de Curso (PPC), de modo particular aos vinculados ao CEETEPS, os estudantes matriculados nos cursos superiores de Tecnologia devem realizar um TG. Normalmente, os dois semestres finais dos seis cursados da Graduação Tecnológica são dedicados à realização do TG, seja com carga horária autônoma (160h) ou com carga horária integrante à estrutura curricular, sendo distribuída, no 5º e 6º semestres, com a concessão de duas disciplinas com 40 horas semestrais cada. A Faculdade de Tecnologia (FATEC) tem a liberdade para definir os procedimentos formais de como o TG será constituído, desde que haja uma apresentação formal do resultado final da pesquisa estudantil para uma Banca Examinadora, conforme veremos adiante.
O fundamento legal do CEETEPS para a exigência acadêmica do TG baliza-se no Regulamento Geral dos Cursos de Graduação das Faculdades de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”, por meio da Deliberação CEETEPS n.º 12, de 14/12/2009 que, no art. 9º, Inciso VI, no tocante à natureza formal das atividades curriculares, define o Trabalho de Graduação (TG) como:
 Atividade orientada por docente, desenvolvida pelo aluno, através de um trabalho monográfico, de uma pesquisa bibliográfica, de uma pesquisa científico-tecnológica, da publicação de contribuições na área ou da participação de eventos com apresentação de trabalho acadêmico, com carga horária computada para a integralização do curso (CEETEPS, 2009).

Assim, o trabalho monográfico é de autoria discente e contará com o apoio de uma orientação docente; deverá ser fundamentado em pesquisa com objetivos exploratórios, e/ou descritivos e/ou explicativos; quanto ao objeto de estudo poderá ser investigado por meio de pesquisa bibliográfica, e/ou de laboratório e/ou através de pesquisa de campo; quanto à abordagem científica, a investigação discente poderá ser de caráter qualitativo e/ou quantitativo; no que diz respeito às modalidades de pesquisa, esta poderá ser exploratória, e/ou teórica e/ou aplicada (RODRIGUES, 2007, p. 4-7).
 Lembramos ainda que um trabalho de conclusão de curso, tal qual uma monografia ou um artigo científico ou similar, deve ser escrito em linguagem clara e objetiva, porquanto o texto científico deve ser objetivo, preciso, imparcial, claro, coerente e impessoal. Os verbos devem ser conjugados especialmente na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural, sendo vedado o uso da primeira pessoa do singular. Ademais, o texto deve seguir uma sequência lógica em que se elucida e explora as ideias com precisão, com menção das pesquisas efetuadas, os dados, os resultados, os métodos empregados, sem prolongar-se em questões de menor relevância, tendo em vista a tese a ser defendida pela autoria do trabalho acadêmico, entre outras informações que a seguir acrescentaremos.

ETAPA 1 – O QUE SE PODE FAZER COMO TG?

No intuito de esclarecer a indagação realizada, a Coordenadoria de Ensino Superior (CESU), no ano de 2012, ofertou às Unidades Tecnológicas de Ensino Superior o Boletim CESU n.º 12/2012, classificando o TG como:
Trabalho desenvolvido pelo estudante como parte dos requisitos para a obtenção de seu grau acadêmico. As horas dedicadas ao TG (160 h para o estudante em geral nos diferentes cursos) não fazem parte das 2400 horas do curso (por determinação das Diretrizes Curriculares dos Cursos Superiores de Tecnologia). Cada curso recebe HAEs[1] para que haja orientação dos TGs por parte do seu corpo docente. Os TGs podem referir-se a uma monografia, ao desenvolvimento de um trabalho prático, de um trabalho de iniciação científico-tecnológica, conforme previsto no Regulamento de Graduação e, em geral, é analisado por uma banca formada pelo orientador e dois outros professores (...) (CEETEPS/CESU, 2012, p. 3).

Dessa forma, de acordo com a natureza pedagógica do Curso Superior de Tecnologia, o estudante poderá realizar uma monografia, também chamada de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ou elaborar um trabalho prático e aplicável à realidade, ou desenvolver uma atividade científico-tecnológica vinculada a uma disciplina ou a um grupo de componentes curriculares, ou propor a criação de um aplicativo (software), nos casos dos cursos ligados à Tecnologia da Informação, ou um modelo de intervenção no mercado financeiro, como ocorre, por exemplo, nos cursos vinculados à Gestão Financeira, etc.
Nos últimos anos, temos notado que os modelos de TG de sucesso são aqueles que:
a)      Basearam-se em atividades desenvolvidas pelo estudante no ambiente de trabalho: a partir do ofício desenvolvido no ambiente de trabalho, o estudante escolhe um dos expedientes de sua preferência e tematiza um artigo científico sobre a experiência profissional realizada;
b)      Pautaram-se em tema do curso que o estudante manifestava extrema afinidade e interesse pessoal: tendo em vista a heterogeneidade dos temas e das áreas do saber que compõem os Cursos Superiores de Tecnologia, o estudante opta por uma das temáticas de maior interesse debruçada ao longo dos seis semestres letivos para discorrer, de forma inédita e original, acerca do assunto epistemológico estudado;
c)      Desenvolveram-se com base na experiência de vida do estudante (histórico familiar com alguma área científica): muitos TGs significativos têm a influência profissional e tecnológica dos entes familiares, pois, amiúde, um dos membros do seio familiar teve formação ou atuou na área do curso e trouxe para o âmbito familiar informações salutares sobre o campo do saber, motivando, muitas vezes, o descendente a apreciar monograficamente a mesma linha de pesquisa e de trabalho;
d)     Solidificaram-se por meio de sugestão docente, que administra, por exemplo, disciplinas profissionais, muitas vezes alocadas nos últimos semestres de curso: é importante clarificar que as disciplinas da matriz curricular da graduação tecnológica são de natureza básica ou profissional; muitos estudantes, estimulados por algum docente da área profissional, professor de disciplinas plenamente ligadas ao Curso, acaba os influenciando por meio da proposição de um leque de temas que podem ser explorados no TG.

Há também outras possibilidades de se desenvolver um TG bem-sucedido. Apenas requeremos cautela no tocante às paixões temáticas momentâneas, porquanto, sob a influência de algum tema midiático, muitos estudantes escolhem assuntos corriqueiros da moda e, depois, não obtêm sucesso na estruturação, pesquisa e reflexão, o que os leva a perder tempo e a repensar o conteúdo escolhido, o que potencialmente gera muita frustração no meio acadêmico.

ETAPA 2 – QUAIS MATERIAIS PODEM SER USADOS EM UM TG?

Há inúmeros materiais que podem ser adotados em um TG. Desde documentos formais atrelados a uma prática profissional ou procedimento laboratorial, legislações, manuais, receituários, tutoriais, etc., concernentes ao tema monográfico, além de obras clássicas e/ou empreendedoras sobre o assunto tecnológico, entre outros. Não obstante, em termos metodológicos, somente se deve recorrer às Referências documentais após a definição do tema que será explorado, visto que este e o problema são as âncoras que sustentam um excelente TG.
Para nos auxiliar na diferenciação entre tema e problema recônditos em um texto monográfico, recorremos ao professor Antônio Joaquim Severino (2000, p. 53). Segundo ele, da interrogação “Do que o texto fala” o estudante encontrará o tema ou o assunto do texto lido. Ele reitera que não é algo tão fácil quanto parece, porquanto, muitas vezes, o título de um texto pode nos iludir em relação ao seu tema real, podendo apenas insinuá-lo por “associação ou analogia”. Fundamentalmente, conforme assegura o autor da obra “Metodologia do Trabalho Científico”, o tema reporta a um conjunto de “relações variadas” entre diversos elementos, as quais têm que ser absorvidas na ótica do autor do texto (SEVERINO, 2000, p. 53).

O problema, razão pela qual motivou alguém a discorrer sobre certo tema, Severino o pontua como “condição básica” para o entendimento textual. Embora nem sempre clara e exata, a formulação de algumas perguntas podem ajudar o leitor na compreensão de um texto; por exemplo: como o autor problematiza o assunto ou quais dificuldades ele quer resolver ou que problema o autor deseja solucionar, etc., de acordo com este professor de Metodologia, são indagações que cooperam na extração dos elementos implícitos, o que favorece na cognição textual (SEVERINO, 2000, p. 53). Com efeito, conforme se pôde observar, há uma relação simbiótica entre tema e problema.

Ao definir o tema e a redação do problema, o estudante está apto a dar uma resposta ao que lhe inquieta no TG. Aí que surge o terceiro elemento do trabalho acadêmico: a tese. Ela é a resposta única, precisa e direta ao problema apontado na dissertação discente. Por se tratar de uma afirmação geral, a tese necessita ser decomposta em partes, em argumentos ou raciocínios sólidos, que devem validar lógica e substancialmente a resposta cedida ao problema científico. É justamente, nesse ínterim, que o estudante se inclina na coleta documental de Referências visando garantir a razoabilidade e a logicidade do TG. Em outras palavras, tudo pode ser utilizado como materiais formais na construção monográfica, desde que as Referências investigadas atendam organicamente a estrutura textual e subsidiem a validade lógica do conteúdo defendido pelo estudante.
Salientamos ainda que enquetes, questionários abertos ou fechados podem ser invocados posteriormente a definição do tema, do problema e da leitura de algumas Referências nucleares do TG. A partir deste momento o estudante está apto para elaborar questões hipotéticas, que serão aplicadas a grupo de entrevistados em circunstância oportuna, que corroborarão na defesa ou na refutação de alguns princípios norteadores do TG.

ETAPA 3 – QUEM PODERÁ SER ORIENTADOR TEMÁTICO DE UM TG?

De acordo com a exigência legal do Regulamento Geral dos Cursos do CEETEPS, por meio da Deliberação CEETEPS n.º 12, de 14/12/2009, no art. 9º, Inciso VI, o TG é uma atividade formal que prescinde da orientação docente. Para administrar as orientações temáticas dos TGs, as FATECs deverão fazer uso de HAEs (Horas atividades específicas), conforme vimos no excerto escolhido do Boletim CESU n.º 12/2012; estas são normalmente distribuídas, semestralmente às FATECs, levando em conta critérios formalmente estabelecidos pelo CEETEPS, “para permitir a orientação, o acompanhamento, as avaliações parciais e a avaliação final, da atividade de Estagio Supervisionado, e, a orientação visando a execução do Projeto de Graduação”, como nós captamos em uma das Portarias lavradas[2].
Ora, observando essas condições prévias, somente poderá ser orientador temático um docente da própria FATEC, seja ele concursado por tempo indeterminado ou determinado ou contratado provisoriamente. Entretanto, tem que ser docente do quadro funcional da FATEC onde o TG será desenvolvido. Outro elemento derivante desta condição é que, preferencialmente, o docente seja, profissional ou academicamente, ligado à linha de pesquisa do TG que será delineado. Cumpridas as duas exigências, a Coordenadoria de Curso da FATEC autorizará o início da relação de orientação entre docente e discente pelo tempo definido pela Unidade de Ensino Superior.
Não obstante, dois elementos deverão ser criteriosamente examinados pelas FATECs neste momento prévio de definição da orientação temática dos TGs:
1)      Como é de praxe, muitos estudantes recorrem aos orientadores temáticos por simpatia, amizade ou por vincular o TG à área de domínio do docente. Nesse sentido, como, provavelmente, o número de estudantes será sempre superior ao de orientadores, e como aqueles poderão não ter os desejos atendidos no tocante ao orientador de predileção, seria muito oportuno que houvesse uma orientação auxiliar por área ou subárea, ou ainda, se for o caso, que a orientação também possa ser concebida coletivamente, visto que muitos temas monográficos estão atrelados à mesma área do saber;

2)      Acerca das funções do possível coorientador, elencamos algumas abaixo:
a)      Auxiliar o orientador temático nas questões metodológicas, técnicas e dissertativas;
b)      Avaliar a frequência dos estudantes às orientações individuais ou coletivas;
c)      Subsidiar o orientador temático acerca do aproveitamento dos estudantes orientados, no tocante ao grau de interesse, o nível do desenvolvimento do TG, à avaliação dos obstáculos observados na pesquisa, etc.;
d)     Deliberar, em conjunto com o orientador temático, pela aptidão ou inaptidão do TG como propenso ou não à defesa em Banca Examinadora;
e)      Compor Banca Examinadora em conjunto com o orientador temático.
Sugerimos que haja um acompanhamento mais direto dos estudantes com o orientador e/ou orientador auxiliar, porquanto a carga autônoma do TG será, conforme Boletim da CESU já mencionado, de 160 horas. Nesse sentido, é de suma importância que os estudantes participem semanalmente da orientação titular ou da orientação auxiliar, pessoalmente, acompanhando o roteiro de trabalho definido pela orientação, por exemplo, com a indicação do delineamento de um Sumário; é necessário que os estudantes troquem informações com o orientador titular e/ou orientador auxiliar também por e-mail e que os encontros presenciais ou a distância sejam documentados, podendo, neste caso, utilizar uma ficha para registrar o acompanhamento da orientação; seria oportuno que após a orientação houvesse a coleta das rubricas dos orientadores e dos estudantes após os encontros periódicos ocorridos. Evocamos ainda que o relatório dos encontros é um documento formal que poderá atestar o grau de interesse e de envolvimento tanto do estudante, autor do TG, como da orientação temática, coautora do trabalho acadêmico, visto que os docentes recebem dinheiro público para cooperar na investigação científico-tecnológica.

ETAPA 4 – QUAIS NORMAS DA ABNT DEVEM SER APLICADAS NO TG?

Conforme dito, o formato da realização do TG é definido pelo colegiado “fatecano”. Na FATEC Bragança Paulista, por exemplo, a forma escolhida foi o artigo científico. Justifica-se esta eleição pelo caráter conciso, objetivo, inédito, em oposição à prolixidade, circunlóquio teórico-conceitual, esvaziamento ou obscurantismo ou dubiedade de conteúdos discursados, além da possibilidade premente de plágios, por uso de Citações não referenciadas ou, mencionadas parcial ou incorretamente, práticas peculiares ao trabalho monográfico, constituído, normalmente, pela redação mínima de três capítulos diferentes, etc.
Na FATEC citada, recomenda-se na “Proposta de Manual de TG”, em vigência, que a estruturação técnica do TG seja a definida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para os trabalhos acadêmicos. Assim, para a exposição das Referências, como elementos pós-textuais, o estudante utilizará a NBR (Norma Brasileira Registrada) n.º 6023, de Agosto de 2002. Para a inserção das Citações, como elementos textuais, o discente se fundamentará na NBR n.º 10520, de Agosto de 2002, e no que diz respeito à tipificação do Trabalho de Graduação, que sejam consonantes às orientações expedidas na NBR 14724, de Agosto de 2011, pois das inúmeras atividades possíveis como Trabalho Acadêmico, como prevê esta NBR, os cursos desta FATEC (Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão Financeira e, a partir do 1º semestre de 2015, Gestão Empresarial – Modalidade: Ensino a Distância) optarão, quando possível, pelo artigo científico, com o atual formato existente.
Por conseguinte, no intuito de auxiliar os estudantes desta FATEC e do Centro Paula Souza, concederemos no “Apêndice” vários exemplos de Referências (6023/2002), de Citações (10520/2002) e a demonstração da tipificação do TG (14724/2011), com a indicação de um esboço modelar de TG, com a exposição de alguns exemplos parametrizados na ABNT, a fim de qualificar a aplicação das normalizações existentes.

ETAPA 5 – COMO APRESENTAR A VERSÃO IMPRESSA DO TG?

Com a intenção de reputar as proposições fundamentais contidas no texto final do TG, elencamos algumas sugestões. Por exemplo, na redação do TG, para conferir impessoalidade ao texto, recomenda-se utilizar a terceira pessoa do singular: “Com este trabalho pretende-se colaborar...”, em vez de “Com este trabalho eu pretendo colaborar...”.
Recordamos, ainda, que versão final do TG poderá ser escrita no tempo verbal presente quanto no tempo passado, desde que esta conjugação seja homogeneamente empregada no texto. Vedamos, por conseguinte, o uso de expressões taxativas, tais como: “Os resultados da pesquisa de campo provaram que...”. Expressões deste tipo devem ser substituídas por: “Os resultados da pesquisa de campo indicam (ou mostram, ou evidenciam, ou elucidam, ou apontam, ou conduzem, etc.)...”.
Ao redigir o texto monográfico, procure elaborar períodos curtos, com frases concisas, pois são mais fáceis de serem assimilados pelos leitores em comparação as construções discursivas longas e prolixas. Acentuamos que não se deve repetir excessivamente uma mesma palavra, expressão ou frase. O estudante poderá recorrer aos variados dicionários impressos ou eletrônicos para ampliar o conhecimento lexical, na busca contínua de novos sinônimos para a construção redacional; como se sabe, a uma variedade de dicionários disponíveis na Rede Mundial de Computadores à disposição gratuita para consulta on-line.
Convencionalmente, há restrição do uso de citações em idiomas estrangeiros. Ainda que a fonte original seja em língua não vernácula, deve-se traduzir o fragmento utilizado para a Língua Portuguesa e pôr o conteúdo estrangeiro original, preferencialmente, em nota de rodapé. Os cuidados na tradução do excerto devem ser redobrados, caso contrário a Banca Examinadora imputará os equívocos da versão apresentada ao discente.
Quanto ao uso de siglas, quando estas forem mencionadas pela primeira vez, que os respectivos significados as acompanhem. Nas mudanças de seções, visando recapitular as informações processadas, seria adequado replicar a extensão novamente da sigla, para que haja ampla ciência do conteúdo delas, evitando o retorno exaustivo às páginas anteriores do TG.
No que concerne às tipificações técnicas para o TG, conforme proferido, elas serão indicadas no “Apêndice”, com base na NBR 14724/2011.

ETAPA 6 – COMO DESENVOLVER UMA EXPOSIÇÃO ORAL DO TG?

Algumas FATECs requerem a apresentação oral do TG para os estudantes matriculados no 5º semestre do curso. Endossamos, todavia, que se esta exigência for requerida, ela deverá ter um caráter propedêutico e consultivo, ou seja, deverá a Banca Examinadora, com a anuência da Presidência da Banca (orientação temática), apenas sugerir contribuições de melhorias para a composição do Trabalho de Graduação final, o qual será divulgado somente no semestre subsequente.
Concernente a apresentação oral dos estudantes matriculados no último semestre do curso, ela terá um caráter essencialmente avaliativo, ou seja, objetivará, por parte da Banca Examinadora, com a anuência da Presidência da Banca, analisar a composição estrutural, redacional e metodológica do TG final. Portanto, os membros da Banca poderão deferir informações ancoradas nas laudas lidas e ouvidas do TG, optando pela aprovação ou reprovação do estudante.
Alguns itens que poderão ser objetos de avaliação na apresentação oral discente:
1)      Análise do encerramento da exposição oral dentro do tempo previsto: de acordo com o tempo estabelecido pela Unidade de Ensino Superior, o estudante cumpriu o tempo mínimo ou máximo delimitado?
2)      Apresentação, postura e conduta do estudante: como o estudante se comportou no decorrer da exposição oral? Ele demonstrou tranquilidade e segurança na condução do tema?
3)      Análise da qualidade da linguagem utilizada: o estudante fez uso da linguagem vernácula padrão, sem incorrer em erros gramaticais e/ou ortográficos ou uso inadequado de gírias?
4)      Avaliação da adequação da apresentação oral em relação aos objetivos propostos no desenvolvimento do TG: tendo em vista os Objetivos gerais e/ou específicos, a relevância do conteúdo tecnológico, a metodologia empregada, o tema escolhido, o problema investigado e a tese defendida, subsidiada por argumentos pautados nas Referências analisadas, o estudante cumpriu com êxito o desenvolvimento do TG?
5)      Avaliação da preparação e do domínio técnico de recursos audiovisuais: o estudante fez uso de ferramentas tecnológicas (Power Point ou outras ferramentas), com a confecção de slides ou similar, por exemplo, para colaborar na compreensão da exposição oral?
6)      Desenvolvimento do tema e seu sequenciamento lógico: os argumentos apresentados pelo estudante, respaldados nas Referências pesquisadas, e/ou na pesquisa de campo, e/ou na aplicação efetuada, validam lógica e metodologicamente a tese defendida pelo estudante no TG?
7)      Domínio do assunto científico-tecnológico e arguição: levando em conta todos os subsídios conceituais e formais processados no período formativo da Graduação Tecnológica, a apresentação oral revelou o domínio estudantil acerca do tema monográfico realizado com respostas claras e diretas às indagações oriundas da Banca Examinadora?
Como um dos itens de avaliação da apresentação oral é o domínio técnico de recursos audiovisuais, em seguida, aclararemos algumas sugestões para a elaboração de slides:
1)      Evitar cores contrastantes optando, preferencialmente, pela cor preta, exceto quando estas forem necessárias, como no caso de TG que faz uso de Gráficos, Tabelas e afins;
2)      O tamanho das letras dependerá, sobretudo do local onde a apresentação ocorrerá; a título de sugestão, se o espaço for uma sala de aula, poderá ser entre o n.º 14 e 20, fonte Times New Roman ou outra, desde que utilizada homogeneamente;
3)      O conteúdo das máximas deve ser assertivo e, preferencialmente, na forma de tópicos frasais: definições longas ou informações excessivas nos slides devem ser evitadas;
4)      O sujeito da apresentação oral não é o recurso audiovisual, mas o estudante. Sendo assim, o conteúdo a ser exposto nos slides é o objeto da apresentação oral, o sujeito é o discente que deverá manifestar a apropriação tecnológica e epistemológica sobre o tema oralizado;
5)      Sugestões referentes à estruturação dos slides:
5.1 - Tema (Título) do TG: no menor número possível de palavras;
5.2 - Objetivo(s) do TG: o que se pretende com o TG deve ser mencionado; são aceitáveis em um TG os objetivos gerais e específicos. Pede-se o cuidado para que os verbos sejam conjugados na forma nominal do infinitivo;
5.3 - Relevância do TG: Por que esta pesquisa realizada é importante? O que ela tem de diferencial em relação às demais pesquisas dissertadas sobre o mesmo tema?
5.4 - Metodologia empregada no TG: que tipo de metodologia foi usado no TG? Além dela, quais recursos complementaram a pesquisa? Atenção para não confundir a metodologia com os recursos metodológicos;
5.5 - Problema: o que motivou o estudante a pesquisar sobre aquele conteúdo tecnológico?
5.6 - Tese: qual foi a solução parcial ou definitiva apresentada para o problema refletido no TG?
5.7 – Elencamento dos principais argumentos que autenticam a tese como solução parcial ou definitiva para o TG;
5.8 - Referências (atenção ao uso adequado da NBR/ABNT 6023/2002);
5.9 - Citações (se houver nos slides, respeito integral a NBR/ABNT 10520/2002);
5.10 - Informações complementares (Gráficos; Tabelas; enquetes; dados estatísticos; etc.);
6)      Não há uma quantidade definida de slides para a exposição oral, desde que eles sejam criados conforme a necessidade epistemológica;
7)      Atenção ao cumprimento do tempo dedicado para a exposição oral individual: em algumas Unidades de Ensino Superior ofertam para os estudantes do 5º semestre até 10 (dez) minutos para a apresentação oral e para os estudantes do 6º semestre até 20 (vinte) minutos. Não obstante, esta definição de tempo é convencional; atentar-se ao tempo cronometrado exigido pela Unidade Tecnológica de Ensino Superior.
Enfim, como a Internet disponibiliza inúmeros sítios eletrônicos que tratam densamente deste conteúdo, indicamos um dos existentes pela precisão metodológica na preparação e planejamento de uma apresentação oral, com uso da ferramenta Power Point, disponível no hiperlink: “http://www.tccmonografiaseartigos.com.br/power-point-slides-apresentacao”. Neste, há oito dicas fornecidas a respeito da criação de slides, que absorvemos como nossas e admoestamos aos estudantes, porquanto são exemplares: “quanto menos (slides), melhor”; “garanta visibilidade”; “(atenção aos) efeitos e cores”; “cuidado com gráficos”; “não crie muitos níveis”; “evite excessos”; “cuidado com a ortografia”; “domine as informações (dos slides)” (TCC, MONOGRAFIAS E ARTIGOS, 2014).
Frisamos, não obstante, que uma das sujeições avaliativas do TG é a apresentação oral, todavia, a outra, até mais importante do que esta, em decorrência do peso acadêmico superior, é a avaliação da estruturação do trabalho escrito, que refletiremos em seguida.

ETAPA 7 – DEVE-SE REVISAR E CORRIGIR O TG ANTES DA ENTREGA DA VERSÃO DEFINITIVA?

Vários estudantes podem julgar esta pergunta retórica, mas ela não é, porque o TG é composto de algumas etapas e uma delas é o processo contínuo de revisão gramatical e ortográfica, tendo em vista que a comunicabilidade entre estudante-autor e o público-leitor é a principal função da tessitura textual. Neste viés, resguardado na teoria da comunicação, Antônio Joaquim Severino (2000, p. 49) assegura que uma mensagem é transmitida de uma consciência emissora para outra consciência receptora que a pensa, primeiramente, e depois a transmite. Por ser mediatizada pela linguagem, pressupõe-se que entre os indivíduos haja o entendimento dos sinais simbólicos que serão utilizados por esses comunicadores. Esta é função da linguagem, conforme assinala este autor.

Sendo assim, a revisão acompanhada da correção do TG deve ocorrer não somente às vésperas da entrega definitiva do texto cabal, mas durante e depois, inclusive, da apresentação oral à Banca Examinadora, para que os erros apontados pelos avaliadores possam ser sanados e as construções mal desenvolvidas, sejam revisadas com afinco.

Há orientadores que pedem aos estudantes entregas parciais do TG, há outros que requerem, para análise documental, o texto integral. Tanto em um caso quanto no outro, o processo revisional deve ser constante. Conforme esclarecido, ainda que exposto oralmente o TG para a Banca Examinadora, ainda há tempo para as reconstruções conceituais e textuais, a fim de garantir a qualidade técnica do trabalho acadêmico desenvolvido. Sugerimos que, por exemplo, além das correções internas feitas pelo próprio estudante, orientadores e docentes da FATEC, um profissional externo da área de Letras também possa ser consultado.

Por consenso do Colegiado docente desta FATEC, houve a predileção da estrutura do TG no formato de artigo científico. No intuito de exemplificar uma possível estruturação do artigo, no Apêndice 1, denominado “Esboço do Trabalho de Graduação e suas específicas seções”, descrevemos as suas possíveis partes, acompanhadas de orientações metodológicas peculiares.
Além disto, nos Apêndices 2 e 3, respectivamente, oferecemos exemplos de Referências e de Citações, parametrizados nas NBRs 6023 e 10520, da ABNT, de 2002. No Apêndice 4 (Formas de apresentação e da estruturação textual do trabalho acadêmico, conforme a NBR/ABNT n.º.  14.724/2011) apresentaremos informações gráficas abaixo, sustentadas na NBR 14724, sobre o formato do texto, o espacejamento entre as linhas, dados sobre as notas de rodapé, esclarecimentos do indicativo de seção e regras para a paginação de um trabalho acadêmico.


CONCLUSÃO

No presente artigo discorremos sobre as sete etapas para a realização de um TG de sucesso. Nelas pudemos explicitar que o estudante é o protagonista nos processos de criação, de elaboração e de execução, e que os orientadores, temático e auxiliar, apenas são cooperadores. O desenvolvimento do TG exigirá mais expiração do que inspiração, mais concentração e disciplina do que inventividade criativa e magia criacional; insistimos que a feitura de um TG vitorioso academicamente é consequência de um processo árduo, lento e exaustivo de leitura e reflexão, de escrita e reescrita, o qual exige tempo do discente e, sobretudo, dedicação plena. Não custa ressaltar que, ainda que neste espaço, outras preocupações pairarão sobre a mente estudantil: o êxito acadêmico nos componentes curriculares finais do Curso, a supressão das prováveis dependências acadêmicas obtidas na trajetória universitária, a realização e conclusão do Estágio obrigatório e, em alguns casos, a participação na Unidade, a cada conjunto de anos, no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), entre outras preocupações como emprego, família, vida afetiva, etc., elementos indissociáveis da vida universitária que requerem organização estudantil, planejamento e muita disciplina.

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 : Informação e documentação : Referências : Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.


______________________. NBR 6028 : Informação e documentação : Resumo : Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 2p.


______________________. NBR 10520 : Informação e documentação : Citações em documentos : Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7p.


______________________. NBR 14724 : Informação e documentação : Trabalhos acadêmicos : Apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 11p.


CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA. Coordenadoria de Ensino Superior (CESU). Boletim CESU n.º 12/2012. São Paulo, 2012. 3p.


 ____________________.Conselho Deliberativo. Deliberação CEETEPS N.º 07, de 15 de dezembro de 2006 : Regimento Unificado das Faculdades de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 19 dez. 2006. Seção 1, p. 37-39.


____________________. Gabinete da Superintendência. Deliberação CEETEPS N.º 12, de 14 de dezembro de 2009 : Regulamento Geral dos Cursos de Graduação das Faculdades de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 15 dez. 2009. Seção 1, p. 105-107.


INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Normas de apresentação tabular. 3ª. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 62p.


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia – 2014: versão preliminar para consulta pública. Brasília/DF : MEC, 2014. 152p.


RODRIGUES, William Costa. Metodologia Científica. Paracambi : FAETEC/IST, 2007. Disponível em: . Acesso em: 21 jan. 2015, às 17h30min.


SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª. ed. rev. e ampl. São Paulo : Cortez, 2000

TCC, MONOGRAFIAS, ARTIGOS E DEMAIS TRABALHOS ACADÊMICOS. Power Point: criação de slides para apresentações de trabalhos acadêmicos. Londrina, 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2015, às 14h15min.




APÊNDICE 1 – ESBOÇO DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO E SUAS ESPECÍFICAS SEÇÕES

Por questões gráficas, iniciaremos a proposta de esboço do TG na próxima lauda, tendo em vista as especificações técnicas para a redação deste tipo de trabalho acadêmico.

















TÍTULO DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO COM NEGRITO (TNR 14):
Sub-título, se houver, sem negrito; centralizado, com maiúsculas apenas para os substantivos próprios (TNR 12)

Nome completo do estudante em itálico (TNR 12)[1]
Nome completo do estudante, em itálico (TNR 12)[2]

(Obs.: Margeamento à esquerda e superior de 3cm; margens à direita e inferior de 2cm. Nesta lauda, apenas conterão essas informações que, com exceção do Título do TG, fonte n.º 12.)

RESUMO (TNR12)
O conteúdo do resumo, em Língua Portuguesa, deve contemplar todas as informações pormenorizadas ao longo do texto do TG, com o uso de, no máximo, 250 (duzentas e cinquenta) palavras, conforme recomendação da NBR ABNT 6028/2003, em parágrafo único.
O entrelinhamento ou espacejamento entre as linhas do Resumo e das Notas de rodapé deve ser simples, ou seja, com 1 cm (um centímetro).
PALAVRAS-CHAVE: Devem ser postas abaixo do Resumo e ter no máximo 5 (cinco) conceitos significativos, intercalados entre si com ponto-e-vírgula e finalizados com um ponto final;

ABSTRACT (TNR12)
O conteúdo do abstract, em Língua Inglesa, deve contemplar todas as informações pormenorizadas ao longo do texto, com o uso de, no máximo, 250 (duzentas e cinquenta) palavras.
O conteúdo literal do “Abstract” deve ser idêntico à versão em Língua Portuguesa do Resumo.
KEYWORDS: No máximo 5 (cinco) conceitos intercalados com ponto-e-vírgula, em Inglês;
INTRODUÇÃO (TNR 12)
Não há uma quantidade específica de laudas previamente definidas para esta seção. O que se recomenda é que o texto não seja prolixo, ambíguo ou logicamente incoerente ao conteúdo escolhido, lido, pesquisado e analisado pelo(s) estudante(s) autor(es) do TG.
Na Introdução deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e demais elementos técnicos e metodológicos presentes no trabalho acadêmico. É um espaço reservado para dar uma ideia geral do trabalho. Nela o autor demonstra em que temática o trabalho se insere e justifica a importância do trabalho realizado. No caso específico da FATEC Bragança Paulista e, em particular, do curso de Gestão Financeira, o(a) estudante deverá inserir, inclusive, a Área de concentração de pertença do TG, sendo elas: 1) Mercado de capitais; ou 2) Finanças corporativas ou empresarias; ou 3) Finanças pessoais.
Geralmente, na Introdução, aproveita-se para elucidar a natureza empírica e/ou bibliográfica, qualitativa e/ou quantitativa, experimental ou não, dedutiva e/ou indutiva e/ou probabilística das intervenções processadas no TG. Nesta, também se indicam as estratégias técnicas escolhidas para a pesquisa, a fim de validar as intervenções e as hipóteses que serão efetuadas no decorrer do trabalho acadêmico. Podem ser discorridas a construção e aplicação de instrumentos de coleta de dados como questionários, entrevistas, observações, pesquisas bibliográficas, trabalho empírico de campo, etc.
Além disso, podem ser especificadas as etapas da pesquisa e/ou das intervenções na comunidade, na empresa, as ações realizadas em cada etapa, etc. Neste item podem ainda ser destacadas as dificuldades encontradas pelo(a) estudante, as limitações do estudo em função da ausência de Referências, inexistência de autores especializados no assunto, percalços psicológicos, organizacionais, comportamentais do(a) autor(a) do TG ou das partes-objeto envolvidas na pesquisa experimental e/ou de campo, etc., tais como ausência de tempo para as respostas aos questionários padronizados, desinteresse dos avaliados em responder questionários previamente encaminhados, entre outras demandas que implicaram direta ou indiretamente na qualidade da análise do material coletado em campo.
A elaboração discursiva da Introdução, que não deve ser enumerada com algarismo romano nem com a numeração indoarábica, mas contabilizada ocultamente, deverá ser direta, preferencialmente; por ser um elemento introdutório, não há a necessidade de criar novas seções secundárias, exceto por alguma razão que justifique a imperiosidade destas subdivisões.
Nesta, ainda, deverão constar alguns itens imprescindíveis, tais como o objetivo ou objetivos do TG, cuja expressão deverá ser destacada(s) com negrito.
Recomenda-se um parágrafo ou mais para tecer sobre a relevância do TG, que também será destacada com negrito; deve-se referenciar o que chamou a atenção do (a) estudante para a realização da temática proposta no TG. Este dado é muito importante, pois revela a maturidade intelectual do(s) estudante(s) na escolha da temática a ser refletida, tendo em vista as múltiplas áreas que compõem os diferentes Cursos Superiores de Tecnologia administrados no Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” (CEETEPS); com efeito, quanto maior a precisão da relevância atribuída ao trabalho acadêmico desenvolvido, melhor será a avaliação qualitativa do TG.
Preferencialmente, em um ou mais parágrafos específicos, o(s) estudante(s) discorrerá(ão) sobre a metodologia empregada, que também deve ser destacada com negrito.
É imprescindível salientar que há diferenças substanciais entre a natureza metodológica que constitui o conteúdo do TG e os recursos metodológicos, ou seja, as ferramentas instrumentalizadas pelo(s) estudante(s) para a composição redacional do TG. O primeiro é único no TG, ao passo que os recursos requisitados na elaboração empírica deste, podem ser inúmeros e variados.
Recorda-se ainda que, no que diz respeito às variadas metodologias existentes, algumas delas, são:
1)      Pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo, a qual recorre exclusivamente às obras, sites, artigos eletrônicos ou impressos, enciclopédias, jornais e revistas especializados da área do saber tecnológico, etc.
2)      Pesquisa empírica, de caráter quantitativo e/ou experimental, a qual recorre a pesquisas com pessoas, empresas, com questionários abertos ou fechados, entrevistas, etc.
3)      Estudo de caso, de caráter experimental ou exploratório, no qual se analisa, a partir de certos pressupostos epistemológicos, empresas, entidades jurídicas dos variados segmentos empresariais, comerciais, sindicais, educacionais, religiosos, etc.;
4)      Entre outras metodologias a serem implementadas pelo(s) estudante(s) com o auxílio da orientação temática, em virtude da peculiaridade do Curso Superior de Tecnologia.

Ao término das etapas constituintes deste conteúdo introdutório, recomenda-se mudar de lauda. Para fins didáticos, salientamos ainda que esta primeira seção pode ter mais de uma lauda.

2. REFERENCIAL TEÓRICO (TNR 12)
Esta Seção vincula-se ao “Desenvolvimento” do Trabalho de Graduação. Esta segunda parte do elemento textual deve conter a exposição ordenada e pormenorizada dos assuntos, os quais podem ser delimitados em seções e subseções.
O desenvolvimento do TG variará, em função da abordagem do tema, da especificidade da área e do método a ser aplicado para auferir os resultados esperados no trabalho acadêmico. Ademais, o referencial teórico, presente neste item, além de legitimar as argumentações, tem a intenção de balizar as principais teorias, os conceitos, os procedimentos, as ferramentas, os autores, entre outros elementos afins, que embasaram o trabalho. É imprescindível a devida citação dos autores e anos das publicações ao se fazer referência às suas ideias, direta ou indiretamente;
Nesta seção, o(s) estudante autor(es) do TG explanará(ão), prioritariamente, sobre as bases conceituais que constituem o trabalho. Entre outras informações, indicará os autores pesquisados, enfatizando especialmente aqueles que sustentaram e edificaram a construção epistemológica do TG. Fará(ão) o(s) estudante(s), inclusive, uso de citações, com preferência pelas diretas, conforme preconiza a NBR/ABNT n.º 10520, de 2002.
Recomenda-se que antes e depois de uma citação, que o(s) estudante(s) comente(m) o conteúdo dela, porquanto o uso de citações tem a intenção de corroborar ou refutar o ponto de vista epistemológico estudantil, tendo em vista o tema previamente escolhido por ele(s) para a redação do TG.
Conceitos, obras que balizam o TG, autores específicos da área concernente ao tema do TG, correntes filosófica, jurídica, econômico-financeira, política, vinculada à área do Curso Superior de Graduação Tecnológica, devem ser criteriosamente mencionados nesta seção.
As citações não falam por si. Os dados presentes em um quadro, tabela, gráfico, figura, também nada dizem por si. É imprescindível que o(s) estudante(s) explicite(m) a sua intencionalidade em inseri-los no TG: quanto maior o grau de explicação e de pormenorização, sem informações prolixas e ambíguas, maior será o grau de clareza e de compreensão dos membros da Banca Examinadora.

3. APLICAÇÃO OU ANÁLISE DEMONSTRATIVA, COMPARATIVA OU DIALÉTICA, OU ESTUDO DE CASO OU OUTRO TÍTULO QUE CONTEMPLE A NATUREZA DESTA SEÇÃO (TNR 12)
O objetivo desta Seção é expor sobre as aplicações estatísticas, qualitativas, quantitativas, exploratórias, entre outras, do TG.
Ela delimitará a análise das entrevistas, dos questionários, dos gráficos, das tabelas, dos quadros, das figuras, enfim, de todos os elementos que subsidiaram a análise do TG. Esta é a parte mais relevante do trabalho acadêmico, pois refletirá, sistematicamente, as conclusões engendradas e possibilitadas pelo(s) autor(es) do TG.
Nesta seção tem que conter a tese e os principais argumentos que a legitimam como solução parcial ou definitiva ao problema exposto na “Introdução”.
Recorda-se ainda que todo arcabouço teórico da Seção anterior poderá ser utilizado nesta Seção, pois é nela que o(s) estudante(s) demonstrará(ão), aplicará(ão) e revelará(ão) o resultado real ou hipotético de sua pesquisa analítica.

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS (TNR 12)
Na etapa final do trabalho acadêmico é apresentada a Conclusão ou apreciações correspondentes aos objetivos ou hipóteses almejados e realizados na construção dialética desta atividade científica e acadêmica, expondo, preferencialmente, de forma incisiva os resultados obtidos, que dizem respeito ao alcance dos objetivos (geral e/ou específicos) propostos, resgatando a intenção proposta na Introdução.
Além disso, relacionam-se tais resultados às abordagens teóricas propostas no referencial teórico (ou com os conceitos na Introdução). Ademais, o(s) autor(es) do trabalho acadêmico indica(m), de forma clara e concisa, a resposta para o objetivo proposto com base nas análises dos resultados do trabalho. Ademais, podem ser apontados aprofundamentos teóricos, metodológicos e outras inferências implementadas no processo investigativo e acadêmico. Convém sugerir ainda possibilidades de futuras pesquisas acerca da mesma temática, além de ressaltar a importância do trabalho desenvolvido.
Nesta Seção, de forma sucinta, o(s) graduando(s) indicará(ao) os resultados possibilitados – ou a ausência deles - com o desenvolvimento do TG. Nesta, é possível refletir acerca das dificuldades e dos limites que envolveram a dissertação do tema e, humildemente, o(s) estudante(s) poderá(ão) asseverar que as contribuições oferecidas no TG não exaurem a complexidade da temática estudada. É possível ainda, nesta Seção, indicar algumas sugestões para futuras pesquisas sobre a temática abordada.
Deve ser evitado o uso de citações na Conclusão de um TG.
Como de praxe, ao terminar este conteúdo, o(s) estudante(s) deverá(ao) mudar de lauda.

REFERÊNCIAS (TNR 12)
Nesta seção, o(s) graduando(s) exporá(ão), sustentado(s) na NBR ABNT 6023, de Agosto de 2002, os dados tipográficos que compreendem as obras referenciadas. Salientamos que a formatação é TNR 12, entrelinhamento simples.
Entre uma Referência e outra, deve-se dar dois enters, conforme requer a NBR 14724.

SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor na ordem natural. Título da obra em destaque: sub-título, se houver. Nome do tradutor na ordem natural, se for o caso. Dados da edição. Cidade matriz da Editora : nome principal da Editora que publicou a obra analisada, ano de publicação da edição em uso. Quantidade de páginas que compõem o livro (opcional), mas se parte da obra for lida, deve-se, obrigatoriamente, ser citada (ex. p. 16-38). (Qualquer informação adicional que queira expor, facultativamente)

SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor na ordem natural. Título da obra em destaque: sub-título, se houver. Nome do tradutor na ordem natural, se for o caso. Dados da edição. Cidade matriz da Editora : nome principal da Editora que publicou a obra analisada, ano de publicação da edição em uso. Quantidade de páginas que compõem o livro (opcional), mas se parte da obra for lida, deve-se, obrigatoriamente, ser citada (ex. p. 16-38). (Qualquer informação adicional que queira expor, facultativamente). Sendo informação tipográfica colhida de fontes eletrônicas, acrescentar os dados tipográficos. Disponível em: . Acesso em: dia.mês abreviado com três letras. Ano completo. Tudo sem preposições. Em alguns casos, recomenda-se pôr o horário de acesso, sobretudo quando o Banco de Dados do site pesquisado for muito rotativo.



[1] Graduando(a) do 6° semestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira da Faculdade de Tecnologia de Bragança Paulista (FATEC Bragança Paulista) – “Jornalista Omair Fagundes de Oliveira”. E-mail: xxxxxx@xxxx.com.br. Trabalho de graduação apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de tecnólogo em Gestão Financeira, em xxxxx de 20xx, sob a orientação do(s) professor(es) xxxxxxxxxxxxxx (Título acadêmico e nome do professor orientador; se houver docente orientador conjunto, indicar título e nome).  
[2] Graduando(a) do 6° semestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira da Faculdade de Tecnologia de Bragança Paulista (FATEC Bragança Paulista) – “Jornalista Omair Fagundes de Oliveira”. E-mail: xxxxxx@xxxx.com.br.




APÊNDICE 2 - NORMA BRASILEIRA REGISTRADA (NBR) N.º 6023, DE AGOSTO DE 2002, DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT):
REFERÊNCIAS.

Abaixo apresentaremos alguns elementos tipográficos que compõem as Referências, elemento pós-textual na construção de um TG.
                                                                                                                                  
I - SEQUENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES TIPOGRÁFICAS: REFERÊNCIAS (6023/2002)

As informações tipográficas abaixo são fundamentais nas Referências, conforme a NBR supracitada:
1.      Nome do autor a partir de seu sobrenome e os demais dados em ordem natural;
2.      Título da obra com o destaque escolhido (negrito; ou itálico; ou sublinhado);
3.      Informações complementares do Título, ou seja, subtítulo, quando houver, devendo aparecer com maiúsculas apenas as primeiras letras do Substantivo Próprio, quando houver;
4.      Nome em ordem natural do tradutor da obra, quando obra estrangeira;
5.      Dados da edição, quando houver;
6.      Nome da cidade matriz da Editora;
7.      Nome principal da Editora;
8.      Indicação do ano da edição em uso;
9.      Facultativamente indicar a quantidade de páginas consultadas; elas se tornam obrigatórias quando apenas parte do texto é lido, o que exige a indicação da paginação contínua ou seccionada;
10.  Tudo o que for posto entre parênteses corresponde às informações complementares, de natureza facultativa.


II - SEQUENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES TIPOGRÁFICAS: REFERÊNCIAS
SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor na ordem natural. Título da obra em destaque: sub-título, se houver. Nome do tradutor na ordem natural, se for o caso. Dados da edição. Cidade matriz da Editora : nome principal da Editora que publicou a obra analisada, ano de publicação da edição em uso. Quantidade de páginas que compõem o livro (opcional), mas se parte da obra for lida, deve-se, obrigatoriamente, ser citada (ex. p. 16-38). (Qualquer informação adicional que queira expor, facultativamente, pô-la entre parênteses.

III - SEQUENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES TIPOGRÁFICAS OBTIDAS DE FONTE ELETRÔNICA: REFERÊNCIAS
SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor na ordem natural. Título da obra em destaque: sub-título, se houver. Nome do tradutor na ordem natural, se for o caso. Dados da edição. Cidade matriz da Editora : nome principal da Editora que publicou a obra analisada, ano de publicação da edição em uso. Quantidade de páginas que compõem o livro (opcional), mas se parte da obra for lida, deve-se, obrigatoriamente, ser citada (ex. p. 16-38). (Qualquer informação adicional que queira expor, facultativamente, pô-la entre parênteses). Sendo informação tipográfica colhida de fontes eletrônicas, acrescentar os dados tipográficos. Disponível em: . Acesso em: dia.mês abreviado com três letras. Ano completo. Tudo sem preposições. Em alguns casos, recomenda-se pôr o horário de acesso, sobretudo quando o Banco de Dados do site pesquisado for muito rotativo.

IV – ALGUNS EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS FUNDAMENTADOS NAS ORIENTAÇÕES DA NBR/ABNT 6023/2002

1) EXEMPLO DE AUTOR ENTIDADE:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 : Informação e documentação : Referências : Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

2) EXEMPLOS DE AUTORIAS ÚNICA E ORGANIZADORA:
2.1 – AUTORIA ÚNICA:
HARA, Celso Minoru. Logística: armazenagem, distribuição e trade marketing. 5ª. ed. Campinas/SP : Alínea, 2013

2.2 – AUTORIA ORGANIZADORA (AUTOR ORGANIZADOR):
CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (ORG.). Construindo o saber: Técnica de Metodologia Científica. 2ª.ed. Campinas/SP : Papirus, 1989. 180p. (9 capítulos divididos em duas partes:  Primeira parte com 5; e segunda, com 4 capítulos)

3) EXEMPLO DE DOIS AUTORES:
CAVALCANTI, Marcos; NEPOMUCENO, Carlos. O conhecimento em rede : como implantar projetos de inteligência coletiva. Rio de Janeiro : Elsevier (Campus), 2007. 134p. (Dois capítulos e Conclusão)


4) EXEMPLO DE TRÊS AUTORES:
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6ª. ed. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2007. 162p. (7 Capítulos)

5) EXEMPLO DE OBRA TRADUZIDA COM DADOS DE EDIÇÃO:
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. João Dell’Anna. 12ª ed. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1990. 267p.

6) EXEMPLO DE OBRA TRADUZIDA SEM DADOS DE EDIÇÃO:
OVÍDIOS NASO, Pubius. A arte de amar. Trad. Dúnia Marinho da Silva. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009. 160p.

7) EXEMPLO DE MAIS DE TRÊS AUTORES:
CORDI, Cassiano. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995. 223p. (11 capítulos)

8) EXEMPLO DE ARTIGO DE JORNAL IMPRESSO:
FRANÇA, Benedito Luciano Antunes de.  Mãe: uma eterna lição de esperança. Folha de Boa Vista, Boa Vista/RR, p. 3, 10 maio 2007. (Opinião)

9) EXEMPLO DE ARTIGO DE JORNAL ELETRÔNICO:
FRANÇA, Benedito Luciano Antunes de.  Mãe: uma eterna lição de esperança. Folha de Boa Vista, Boa Vista/RR, 10 maio 2007. Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2014, às 8h24min.



10) EXEMPLO DE AUTOR ENTIDADE (REVISTA):
FUNDAMENTALISMO: fé cega e mortal. Revista Veja, São Paulo, ano 34, n.° 40, Edição 1721, p. 36-103, 10 de outubro de 2001.

11) EXEMPLOS DE AUTORIA DE ARTIGO DE REVISTA:
OLTRAMARI, Alexandre. Do Senado à prisão. Revista Veja, São Paulo, ano 34, n.° 40, Edição 1721, p. 108-110, 10 de outubro de 2001.

SILVEIRA, Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto; BAZZO, Walter Antonio. Ciência e Tecnologia: transformando a relação do ser humano com o mundo. Revista Gestão Industrial: Revista da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Ponta Grossa/PR, vol. 2, n. 2, p. 68-86, 2006.

12) EXEMPLO DE ANAIS DE CONGRESSO:
FRANÇA, Benedito Luciano Antunes de. Ética e Política em Nicolau Maquiavel. In.: VIII ENCONTRO NACIONAL DE FILOSOFIA DA ANPOF, 1998, Caxambu/MG. Livro de resumos. Campinas/SP :  Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), CLE UNICAMP, IFCH UNICAMP, DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA USP, 25-30 de setembro de 1998. p. 71.

13) EXEMPLO DE ELEMENTOS ELETRÔNICOS: CD  
BOCELLI, Andrea. Sogno. Direção artística: Mauro Malavasi. Produção e Arranjo: Caterina Caselli Sugar. Milan, Italy : Insieme SRL, pc1999. 1 CD.

14) EXEMPLO DE ELEMENTOS ELETRÔNICOS: DVD
QUASE deuses (Something the Lord made).  Direção de: Joseph Sargent. Produção: Home Box Office (HBO) em associação com Krainin Productions. Intérpretes: Alan Rickman; Mos Def; Kyra Sedgwick; Gabrielle Union; Charles Dutton; Mary Stuart Masterson e outros. Supervisão musical: Evyen J. Klean. Música: Christopher Young. Los Angeles : Warner Brothers, 2009. 1 DVD (110 min), widescreen, color. Produzido por Julian Krainin; Mike Drake. Produtores Executivos: Robert W. Cort, David Madden, Eric Hetzel. Baseado no artigo da Revista Like “Something the Lord made”, de Katie McCabe, escrito por Peter Silverman e Robert Caswell.

15) EXEMPLO DE AUTOR ENTIDADE: FITA NTSC VHS
FAMÍLIA. Produção de Disney’s Magic English. Fita de videocassete n.° 2 . São Paulo : Planeta, 1996. 1 videocassete (26 min), VHS, son., color.

16) EXEMPLO DE AUTOR DE FITA K7:
HOMERO. Odisseia. Trad. Roberto Lacerda; adaptação radiofônica Nivaldo Ferraz. São Paulo: Scipione, 1996. 1 cassete sonoro (61 min). (Audiolivro)

17) EXEMPLO DE AUTORIA DE DICIONÁRIOS, ENCICLOPÉDIAS, ETC.:
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; MELLO FRANCO, Francisco Manoel de. Emasculação.___________. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3ª.ed. rev. e aum. Rio de Janeiro : Objetiva, 2009 . p. 272

18) EXEMPLO DE AUTORIA DE DICIONÁRIOS, ENCICLOPÉDIAS, ETC.:
EMASCULAÇÃO. In.: DICIONÁRIO da Língua Portuguesa. Lisboa : Priberam Informática, 2011. Disponível em: . Acesso em: 8 mar. 2014.

19) OUTROS EXEMPLOS: TESE DE DOUTORAMENTO, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, TRABALHO DE GRADUAÇÃO, ETC.:
19. 1 - TG OU TCC:
TORRES, Simone Regina. Ética na Informática. 2011. 92 f. TG (Trabalho de Graduação do Curso Superior de Tecnologia em Processamentos de Dados), Faculdade de Tecnologia de Americana, Americana, 2011.

19.2 – DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
ABREU, Ari Ferreira de. Um estudo sobre a estrutura de capital e a política de dividendos considerando a tributação brasileira. 2004. 216 f. Dissertação (Mestrado em Contabilidade e Controladoria) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – Departamento de Contabilidade e Atuaria, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

19.3 – TESE DE DOUTORAMENTO:
COSTA, Leonardo Ribeiro da. O problema de localização capacitado em dois níveis e sua aplicação ao planejamento de Logística Reversa. 2009. 169 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Instituto Alberto Luiz Coimbra da Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.



20) OUTROS EXEMPLOS: BLOG
BLOG do Prof. Benê França. Um blog a serviço da comunicação, da pesquisa em Filosofia e Tecnologia da Informação. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2014.

21) OUTROS EXEMPLOS:  ARTIGO DE BLOG COM AUTORIA
MENDES, Sérgio Peixoto. Deserção ou bom senso. Blog da Philoterapia, Porto Alegre, 23 fev. 2011. Disponível em: . Acesso em: 8 ago. 2014, às 17h21min.

22) OUTROS EXEMPLOS: TWITTER
PÁGINAS de Filosofia (paginasfilo). Portugal. Disponível em: . Acesso em: 8 ago. 2014.

23) OUTROS EXEMPLOS: LEIS (Decreto Estadual)
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 60.781, de 8 de setembro de 2014. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 9 set. 2014. Seção 1, p. 3.  Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2014, às 14h40min.

24) OUTROS EXEMPLOS: LEIS (Medida provisória) - Extraído da p. 8 da NBR/ABNT 6023:2002
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

25) OUTROS EXEMPLOS: LEIS (Resolução do Poder Legislativo – Senado Federal) -  Extraído da p. 8 da NBR/ABNT 6023:2002
BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº 17, de 1991. Coleção de Leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991.

26) OUTROS EXEMPLOS: SOFTWARE - Extraído da p. 13 da NBR/ABNT 6023:2002
MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM.

V – ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ACERCA DE EQUAÇÕES, FÓRMULAS, ILUSTRAÇÕES E NORMAS ESPECÍFICAS PARA TABELAS

1) EQUAÇÕES E FÓRMULAS:
Para facilitar a leitura, de acordo com a NBR 14724, as equações e fórmulas devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita, assim como ocorre no exemplo abaixo. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, índices e outros).
Exemplo:
x² + z² = y² ...                                                                                                                       (1)
(x² + y² )/4 = n ...                                                                                                                  (2)


2) ILUSTRAÇÕES:
Segundo a NBR 14.724, “qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros) sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto, e da fonte. A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere, conforme o projeto gráfico” (ABNT, 2002, p. 13).

3) NORMAS PARA TABELAS

As tabelas são elementos demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma e apresentam informações tratadas estatisticamente. Devem ser elaboradas conforme a “Norma de Apresentação Tabular do IBGE”, de 1993, a qual pode ser disponibilizada no seguinte link: .

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), por meio da terceira edição de “Normas de apresentação tabular”, documento publicado em 2009, no item 9 denominado “Recomendações gerais”, concede algumas orientações pormenorizadas acerca da apresentação gráfica das Tabelas:
9.1 – Recomenda-se que uma tabela seja elaborada de forma a ser apresentada em uma única página;
9.2 – Recomenda-se que, em uma tabela, o número de células com dado numérico seja superior ao número de células com sinal convencional;
9.3 – Recomenda-se que, em uma tabela, a classificação outros ou outras, quando existir, indique um dado numérico proporcionalmente inferior aos dados numéricos indicados pelas demais classificações existentes;
9.4 –Recomenda-se que as tabelas de uma publicação apresentem uniformidade gráfica como, por exemplo, nos corpos e tipos de letras e números, no uso de maiúsculas e minúsculas e nos sinas gráficos utilizados (IBGE, 1993, p. 30).

Conforme mencionado, o estudante deverá ficar atento ao sequenciamento numérico das Tabelas, dos Gráficos, das Figuras, dos Quadros. De acordo com o documentado supracitado do IBGE (1993), “uma tabela deve ter número, inscrito no seu topo (...). A identificação de uma tabela deve ser feita com algarismos arábicos, de modo crescente, precedidos da palavra Tabela (...)” (IBGE, 1993, p. 12. Grifo nosso). Concernente à fonte autoral, de onde se extraiu a Tabela, Gráfico, Figura, Quadro, etc., o mesmo documento diz:
“Toda tabela deve ter fonte, inscrita a partir da primeira linha do seu rodapé, para identificar o responsável (pessoa física ou jurídica) ou responsáveis pelos dados numéricos” (IBGE, 1993, p. 21. Grifo nosso).  E o mesmo documento ainda esclarece:
“Recomenda-se que uma tabela seja elaborada de forma a ser apresentada em uma única página” (IBGE, 1993, p. 30. Grifo nosso).
As mesmas recomendações podem ser aplicadas aos Quadros, Gráficos, Figuras, etc.

APÊNDICE 3 – INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA A CITAÇÃO EM TRABALHO ACADÊMICO (BÁSICO), SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA REGISTRADA (NBR), DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), N.º 10520, DE 2002, POR BENÊ FRANÇA

I - REGRAS GERAIS PARA AS CITAÇÕES


A citação, de acordo com a NBR/ABNT 10520/2002, é a menção de uma informação extraída de outra fonte autoral. Visando compreender melhor a presente Norma, dedicaremos uma seção para o seu entendimento. Segundo a NBR, há quatro definições para citação:
a) Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte de pesquisa;
b) Citação direta: transcrição textual de parte da obra de um autor consultado;
c) Citação indireta: texto baseado na obra do autor consultado; e
d) Citação de citação: transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso à obra original;

1.1 - Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável ou título incluído na sentença, devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas, conforme alguns exemplos fundamentados nesta NBR de 2002:
Exemplos:
a)      Pelo o que se sabe, através de algumas pesquisas teológicas e históricas, o taoísmo se fundamenta em um livro chamado Tao Te Ching, “O livro do Tao e do Te”, sendo que Tao corresponde à ordem do mundo e Te à força vital, conforme propõem Hellern; Notaker; Gaarder (2000).
b)      “Todo conhecimento, toda ciência, toda tecnologia se baseia no conhecimento de relações entre causas e efeitos [...]” (ALVES, 1991, p. 120).

1.2 - Especificar no texto a(s) página(s), tomo(s), ou seção (ões) da fonte de consulta, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo termo que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citações indiretas, a indicação da(s) página(s) é opcional.

Exemplos:
a)      Todos sabem que o Papa João XXIII, durante a Primeira Guerra Mundial, serviu ao exército, no grau de sargento (PINTONELLO, 1986, p. 246).

b)      Weil e Tompakow (2008, p. 253) dizem que “durante incontáveis anos, a Vida evoluiu lentamente do seu nível instintivo para o emotivo de memória mais recente, e só depois veio a luz da Razão [...].”

1.3 - As citações diretas, no texto, de até três linhas devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

Exemplos:
a)      Sêneca (1992, p. 61) pondera: “[...] Todo o futuro é incerto e é mais certo para os males piores, o caminho para os deuses supremos é muito mais fácil para os espíritos que prematuramente abandonam as relações humanas, pois foi muito pequena a carga de lodo que carregaram consigo [...].”

b)      Segundo Maquiavel (1996, p. 37): “[...] Deve um homem prudente utilizar os caminhos já traçados pelos grandes [...]”.

c)      “A verdade é que a luta dos criacionistas não é nova, pois desde o século passado eles vêm lançando mão de diversas estratégias que visam dificultar a divulgação e, particularmente, o ensino da evolução nas escolas” (LIMA, 1988, p. 27).

d)     No texto “Mito: Teogonia (IV Parte)”, o autor descreve, tomando como referência os versos 501 e 505, da obra “Teogonia”, de Hesíodo, os seguintes excertos:
“E livrou das perdidas prisões os tios paternos
Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo,
Filhos do Céu a quem o pai em desvario prendeu;
E eles lembrados da graça benéfica
Deram-lhe o trovão e o raio flamante
E o relâmpago que antes Terra prodigiosa recobria.
Neles confiante reina sobre mortais e imortais.
Como se lê na quarta edição da tradução de Jaa Torrano, de “Teogonia”, de 2001, publicada pela Editora Iluminuras, o trovão, o raio flamante e o relâmpago são armas irresistíveis para fulminar os adversários”, estratagema de Zeus, conforme se lê no texto (FRANÇA, 2005).

1.4 - As citações diretas, no texto, com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. No caso de texto datilografado deve-se observar apenas o recuo.
Exemplo:
O monóxido de carbono é um poluente muito sério que se forma toda vez que o carbono é queimado com insuficiência de oxigênio. A fonte mais comum é a descarga de automóveis, principalmente de carga e em marcha lenta. O monóxido de carbono causa danos ao transporte de oxigênio no sangue. A hemoglobina (responsável pelo transporte de oxigênio) tem uma afinidade 250 vezes maior pelo monóxido de carbono do que pelo oxigênio. Existe a formação de carboxiemoglobina ao invés da oxiemoglobina. Por exemplo, uma pessoa que inala a fumaça de vinte fumantes, durante um dia, terá 6% de sua hemoglobina comprometida por estar saturada de monóxido de carbono (CHRISPINO, 1998, p. 65).

1.5  - Nas citações que aparecerem na sequência do texto, podem ser referenciadas de maneira abreviada, especialmente nas notas de rodapé:
a)       Idem ou Id. Isto é, mesmo autor;
b)      Ibidem ou Ibid. Isto é, na mesma obra;
c)      Opus citatum, opere citato ou op. cit. Em todos os casos, significa “obra citada”;
d)     Passim, ou seja, aqui e ali, quando instrumentalizar diversas passagens de um mesmo autor e mesma obra;
e)      Loco citato ou loc. cit. - no lugar citado anteriormente;
f)       Cf. Isto é, confira; confronte;
g)      Sequentia ou et seq. Isto é, seguinte ou o que se segue;
h)      Apud ou apud. Isto é, citado por; conforme; segundo. Esta é a única expressão que pode ser usada no decorrer do texto.







II - COMPLEMENTAÇÕES DE ALGUMAS INFORMAÇÕES ACERCA DAS NBRs 6023/2002, 10520/2002 E DA 14724/2011

2.1  –QUANDO FOR O MESMO AUTOR E MESMO ANO DE PUBLICAÇÃO DA OBRA:
As Referências das obras, na parte final do trabalho acadêmico, aparecerão da seguinte maneira:

TRASFERETTI, José Antonio. O estrangeiro : destino de todos os viajantes. Campinas/SP : Alínea, 1998. 266p. (Série Dare collections)

_______________. Estranho de mim : entre descobertas e dores. Campinas/SP: Alínea, 1998. 260p. (Série Dare collections)

 Obs.:
Este título de obra aparecerá primeiro em uma Referência, em relação à outra do mesmo autor, porquanto a indicação do artigo “O” não é levada em conta na hora de mencionar a ordem alfabética das obras de um mesmo autor.

Na Citação, ao longo do trabalho acadêmico, ficaria dessa maneira:
Nem você,
Meu amor verdadeiro,
Pois até você
É minha vítima escolhida,
Manipulável (TRASFERETTI, 1998 a, p. 133).

Referindo-se a primeira obra, na ordem alfabética, isto é, O estrangeiro.


Se houver outras citações do mesmo autor, mas de obras diferentes, procederemos da seguinte maneira:
Caminho para o nada
numa aventura qualquer
em busca do seu sorriso (TRASFERETTI, 1998 b, p. 111).

Referindo-se a segunda obra, na ordem bibliográfica, isto é, Estranho de mim.

2.2  – DEVERÁ OCORRER O ACRÉSCIMO DAS INICIAIS DO PRENOME QUANDO HOUVER COINCIDÊNCIA DE AUTORIA COM MESMO SOBRENOME E DATA DE PUBLICAÇÃO:

Vamos utilizar um exemplo fictício para tornar claro o procedimento a ser tomado pelo estudante no trabalho acadêmico:
Nas Referências aparecerão da seguinte forma:

SOARES, Adriana. O que são ciências cognitivas. 3ªed. São Paulo : Brasiliense, 1993. 72p. 

SOARES, Angelo dos Santos. O que é informática : 2ª visão. 3ªed. São Paulo : Brasiliense,1993. 78p.

A citação, no corpo do texto, ficaria:
A realidade estudada pela psicologia cognitiva de hoje é a natureza profunda das atividades mentais, consistindo essencialmente no tratamento da informação que compreende: a percepção seletiva, a elaboração, a transformação, o armazenamento, a recuperação e a utilização da informação (SOARES, A.,1993, p.  24).      
Referindo-se, portanto, ao texto de autoria de Adriana Soares.

É comum também, entre os operadores de terminais de vídeo, o aparecimento de dermatites, rachaduras na pele, no rosto e nas mãos, que são provocadas pelos campos eletrostáticos formados pelos componentes eletrônicos dos terminais (SOARES, A. S., 1993, p. 52).      
Referindo-se ao texto de autoria de Angelo dos Santos Soares.

2.3  – OBRAS DE MESMA AUTORIA COM DATAS DE PUBLICAÇÃO DIFERENTES:

Nas Referências serão transcritas da seguinte maneira:

ALVES, Rubem. Tempus fugit. Ilustrações Anna M. Badaró. São Paulo : Paulus, 1990. 109p.

________________. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. 14ª ed. São Paulo : Brasiliense, 1991. 211p.

Na menção da citação ficaria, portanto, da seguinte maneira.

Obs.:
Neste exemplo, serão utilizadas as aspas (“...”) para mencionar a extração de parte das informações de uma obra, e não itálico, como foi efetivado até o presente momento:

“Explicar alguma coisa, em função da pergunta para quê?, é compreendê-la em função dos seus propósitos, objetivos, finalidades. Explicações deste tipo se chamam teleológicas (de telos, palavra grega que significa finalidade)” (ALVES, 1991, p. 79).

Esta citação diz respeito à obra publicada no ano de 1991, isto é, Filosofia da Ciência.

Ou ainda:
“Brinco com minha tristeza como quem cuida de uma amiga fiel (...)” (ALVES, 1990, p. 77).

Referindo-se a obra anterior, ou seja, Tempus fugit.

2.4 - USO DE NOTAS DE RODAPÉ
Se o estudante fizer uso de notas de rodapé para a citação de informações extraídas de fontes bibliográficas e/ou eletrônicas para a construção de um trabalho acadêmico, outros elementos tipográficos serão inseridos, diferentes das constantes em uma citação no corpo do trabalho:

Exemplo 1:
“Brinco com minha tristeza como quem cuida de uma amiga fiel (...)”[1].

Exemplo 2:
“É comum também, entre os operadores de terminais de vídeo, o aparecimento de dermatites, rachaduras na pele, no rosto e nas mãos, que são provocadas pelos campos eletrostáticos formados pelos componentes eletrônicos dos terminais”[2].










APÊNDICE 4 FORMAS DE APRESENTAÇÃO E DA ESTRUTURAÇÃO TEXTUAL DO TRABALHO ACADÊMICO, CONFORME A NBR/ABNT N.º.  14.724/2011

As informações gráficas abaixo, sustentadas na NBR 14724, versarão sobre o formato do texto, o espacejamento entre as linhas do texto, dados sobre as notas de rodapé, acerca do indicativo de seção e regras para a paginação de um trabalho acadêmico.

1.    FORMATO:
O trabalho acadêmico deve ser realizado em papel branco, formato A4 (21,0 cm X 29,7 cm), digitado no anverso da folha. Recomenda-se o tamanho da fonte n.º 12 (doze), do tipo, preferencialmente, Arial ou Times New Roman, para a redação do texto, e tamanho 11 (onze) ou 10 (dez) para as citações longas e 10 (dez) para as notas de rodapé, como requer a NBR 10.520. A estruturação das margens esquerda e superior deve ser de 3,0 cm (três centímetros), ao passo que a padronização das margens da direita e inferior deve ser de 2,0 cm (dois centímetros), conforme recomenda a NBR 14.724.

2.    ESPACEJAMENTO (OU ENTRELINHAMENTO OU ENTRE-LINHAS):
Todo o corpo do texto, segundo a NBR 14.724, deve ser digitado com espaço 1,5 cm (um e meio). Não obstante, as citações com mais de três linhas, assim como as notas de rodapé, as Referências, as Legendas das instruções e das tabelas, as fichas catalográficas, a natureza do trabalho, o objetivo, dados da Instituição, devem ser padronizados com espaço simples, ou seja, com 1 cm (um centímetro); ao passo que as Referências, no final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços entrelinhas simples, ou seja, um espaçamento duplo.

3.    NOTAS DE RODAPÉ:
As notas de rodapé devem ser digitadas dentro da margem; elas ficam separadas com espaço simples de entrelinhamento e um filete de 3,0 cm (três centímetros), a partir da margem esquerda, sobretudo quando a citação direta tiver mais de três linhas, de acordo com orientação da NBR 10.520.

4.    INDICATIVO DE SEÇÃO:
O indicativo numérico precede seu título, alinhado à esquerda, somente com o espaço de um caractere, em conformidade com a NBR 14.724/2011. Os títulos, sem indicativo numérico, tais como errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos (em língua vernácula e estrangeira); Sumário, Referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) – devem ser centralizados, conforme preconiza a NBR 6024/2003.
Entretanto, apenas salientamos que o Artigo Científico constituído na FATEC de Bragança não inserirá Sumário, por ser uma construção peculiar ao trabalho monográfico, a mesma orientação se aplica aos Anexos ou Apêndices. Não obstante, quando necessários, os documentos anexados deverão ser apresentados para a Banca Examinadora, a fim de validar a autenticidade dos dados condensados no TG, derivantes destas documentações complementares, tais como: Transcrição de entrevistas; Termos de consentimento de pesquisa e de entrevista, etc.

5.    PAGINAÇÃO:
De acordo com o item 5.4 da NBR 14.724, “todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas numeradas”, pois a numeração será “colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha (...)” (ABNT, 2005, p. 8).
No caso específico do TG, na forma de Artigo Científico, numeraremos a partir da primeira lauda, com a mesma formatação: canto superior direito da folha, com algarismos arábicos, em ordem crescente.




[1] Horas Atividades Específicas, as quais não podem ser confundidas nem com horas-aula nem com horas-atividade, pois no CEETEPS o docente percebe, além das horas-aula ministradas, mais 50% de horas-atividades.
[2] Neste caso, a Portaria citada é a de n.º 12, de 21/01/2011.
[3] Graduando(a) do 6° semestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira da Faculdade de Tecnologia de Bragança Paulista (FATEC Bragança Paulista) – “Jornalista Omair Fagundes de Oliveira”. E-mail: xxxxxx@xxxx.com.br. Trabalho de graduação apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de tecnólogo em Gestão Financeira, em xxxxx de 20xx, sob a orientação do(s) professor(es) xxxxxxxxxxxxxx (Título acadêmico e nome do professor orientador; se houver docente orientador conjunto, indicar título e nome).  
[4] Graduando(a) do 6° semestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira da Faculdade de Tecnologia de Bragança Paulista (FATEC Bragança Paulista) – “Jornalista Omair Fagundes de Oliveira”. E-mail: xxxxxx@xxxx.com.br.
[5] Rubem ALVES. Tempus fugit, p.77
[6] Angelo dos SANTOS SOARES. O que é informática?, p. 52

Como aplicar algumas Normas da ABNT nas atividades profissionais do dia a dia

 A fim de auxiliar estudantes e docentes na compreensão e na aplicação das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), partic...