domingo, 5 de julho de 2020

27 de junho de 2015 - 27 de junho de 2020: 5 anos sem Maria Lígia Stupelli Amaral, um exemplo de caridade!

 
Há cinco anos atrás, o Senhor Nosso Deus recolhia para o seu reino de Glória, Maria Lígia Stupelli Amaral, minha ex-madrinha de batismo da Igreja Católica Apostólica Romana. 
Casada com Osvaldo Pereira do Amaral, mãe de Czar, Vadinho, Zezinho e Bel, foi a mulher que me ensinou a Amar a Deus sobre todas as coisas, a amar o necessitado e a pôr o conhecimento, as posses e a fé, a serviço dos mais carentes. 
Diante da pergunta, típica de um mundo marcado pela apropriação e pelo egoísmo econômico, em que cada um(a) apenas medita no seu próprio futuro financeiro, pensando apenas nas finanças de seus descendentes, dos membros de sua prole, ela nos ensinou que, primeiro, deve servir aos mais pobres, por meio da caridade, expressão pura do Amor a Deus, sem querer, nem desejar nada, absolutamente nada, em troca. 
Para muitos isso pode soar como algo impossível, mas, Deus me deu o prazer, desde o dia 3 de março de 1974, ocasião de meu batismo católico, na Igreja do Jd. Botafogo, na Avenida Brasil, em Campinas/SP, pelas mãos do Pe. José Giordanno, que me batizou a pedido de minha madrinha, que fazer o bem é confiar exclusivamente Naquele que Fez os Céus, a Terra, Naquele que Não Dorme, nem Cochila: é Ele que é o Senhor de Tudo e de Todos, o Misericordioso, o Compassivo, o Eterno, o Único.
Muito obrigado, minha querida "mãedrinha", pois, com todas as dificuldades, eu e minha esposa Gislaine Silva de França, pretendemos seguir os mesmos passos da senhora, com o exercício pleno e contínuo da caridade. 
Muito obrigado por cuidar de mim, pois, quando eu não tinha forças, como bebê, como criança, como adolescente, como jovem, como adulto, como solteiro, como casado, como religioso católico da Arquidiocese de Campinas (e depois protestante), como docente, a senhora sempre foi a expressão mais verdadeira, pura e fraterna do Amor divino, predisposta a servir, a ajudar, a me nutrir, a me energizar, a me abençoar,  a levantar a minha cabeça, com altivez e, simultaneamente, com humildade.
Descanse em paz. 
Nós, com muita dor nos corações, estamos bem, Madrinha; estamos tocando a caminhada, em direção ao feliz encontro divinal, embora a sua falta, muitas vezes, acentua, mexe, fere, sangra, doí; e os choros, manifestos pelas lágrimas, lançam-se ao chão do carro, à roupa, no paletó, ao tapete da casa, ao solo do avião, principalmente naqueles inexplicáveis momentos em que a dor não se oculta e manifesta inesperadamente. É o coração expressando a dolorosa falta física da senhora, ainda que a alma esteja harmonizada, em paz, em comunhão.
Eu, minha família e a família Stupelli Amaral, agradecemos ao Vereador Geraldo Medeiros da Silva, ex-presidente da Câmara Municipal de Sumaré, grande amigo e irmão que nos concedeu a benção de nomear uma Rua, em Nova Veneza, com o nome dela, a meu pedido, sonho almejado pelo Zezinho (José Eduardo Pereira do Amaral), meu grande irmãozinho, e pelo Tom (Wellington Amaral Batista), filho do Ricardo e da Bel, meu primeiro afilhado espiritual. 
Paz, saúde e bem, e que nossa "mãedrinha" Maria Lígia Stupelli Amaral nos ajude; que Deus, Nosso Eterno Criador, nos abençoe e nos santifique e, sobretudo, que cicatrize nossos corações machucados pela dor da ausência...

BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

Plataforma Lattes:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5

Assista o vídeo no Canal do YouTube em homenagem à Maria Lígia Stupelli Amaral:

Aristóteles, o Estagirita: a experiência!

Para Aristóteles (384-322 a.C.), “nihil est in intellectu quod non fuerit primum in sensu”, ou seja, tudo o que há em nosso intelecto provém dos sentidos. Embora fosse aluno de Platão e respeitasse as ideias de Sócrates, o estagirita – alcunha histórica por ter nascido em Estagira, na Macedônia -, autor de diversas obras sobre Lógica, Física, Filosofia, Metafísica, Política, Botânica, Zoologia, etc., compreendia a realidade como derivante das experiências sensitivas humanas. Segundo ele, nós nascemos como uma tabula rasa, uma folha em branco; na medida em que pela visão, tato, paladar, olfato, audição, vamo-nos conhecendo e/ou assimilando os objetos e as coisas que nos circundam, passamos a compreender cada coisa em sua insubstituível realidade material; as experiências, portanto, são as bases fundamentais do conhecimento humano.

Enquanto Platão defendia a preexistência da alma, do Ser e do mundo das ideias, Aristóteles conceberá o conhecimento como oriundo de um constante aprendizado e de um permanente embate entre verdade e falsidade, o que naturalmente leva a comportar o erro, a dúvida e a imprecisão, sempre em busca de um saber sistematizado, lógico e coerente. Ademais, a própria Lógica que ele solidificará, a partir do estudo dos silogismos, revelará a necessidade da criação e da fundamentação de um conhecimento com valor objetivo e universal, isento de preconceitos e equívocos.

Três informações são essenciais para se entender a profundidade do criador do Liceu: as teorias da matéria e da forma (hilemorfismo); as definições de potência e ato; e os princípios das quatro causas (material, formal, eficiente e final). Para se tomar ciência dessas teorias é nos dado um clássico exemplo citado pelos historiadores da Filosofia, no Dicionário de Filosofia, de Gérard Durozoi e André Roussel, publicado em 1993, pela Editora campineira Papirus: a estátua de mármore. 

“(...) O mármore é a causa material da estátua; a causa formal corresponde à ideia que dá a cada coisa sua forma determinada (a ideia do escultor); a causa eficiente é o antecedente imediato que provoca a mudança (cinzelada), e a causa final é o objetivo visado (ganho, amor pela arte)” (DUROZOI; ROUSSEL, 1993, p. 36). A potência, neste caso, indica as prováveis possibilidades de ser do mármore, que passa à condição de ato após receber uma forma, a de estátua de mármore.


BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

Plataforma Lattes:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5



Obs.: 
Texto escrito originalmente em 21 de novembro de 2005 para a Coluna "Um penetra na ágora", criada por mim em 2005, vinculada ao Jornal "Tribuna Liberal", de Sumaré/SP, onde eu escrevia, às Quartas-feiras, voluntária e gratuitamente.

Platão (Aristocles): "O mundo das ideias"!

“Eidos”, “Idea”, expressões para designar visão, ideia, uma representação mental da coisa abstrata ou concreta, uma abstração acerca da realidade ou sobre componentes dela. O mais brilhante aluno do filósofo Sócrates concebe a realidade através da ideia, princípio basilar de seu pensamento. 

Segundo Aristocles (428-348 a. C), universalmente conhecido como Platão - devido ao seu aspecto robusto -, as ideias são formas, modelos perfeitos ou paradigmas, eternos e imutáveis, que transcendem a realidade material e que visam fundamentar a compreensão do real. Enquanto a corrente filosófica materialista recorre aos sentidos humanos e a experiência prática para captar o real, Platão concebe o mundo sensível como derivante das ideias; tudo aquilo que existe e que se vê seria um simulacro da verdadeira realidade, a “essência”, aquilo que faz algo ser o que é, do ser, termo que ele empresta de Parmênides.

Há diversas vertentes de pensamento que vão redefinir as obras escritas por Platão com diferentes contribuições, interpretações e olhares. Uma delas, influenciada, sobretudo, pela releitura dos pensadores da Renascença, dirá que, para o autor de “A República”, o mundo é concebido de duas formas: a primeira, o mundo sensível, resulta da observação empírica e da captação do real pelos sentidos; a segunda, o mundo inteligível, define-se como uma realidade supra-sensível, meta-empírica, que vai além daquilo que se vê, ouve, enxerga, tateia ou que se saboreia; na verdade, segundo ele, toda experiência humana apenas seria uma recordação do mundo inteligível.

Portanto, para Platão, o real é apenas uma representação de algo que previamente existia na forma de essência, no “Mundo das ideias”, o "Hiperurânio", local de habitação de nossa eterna alma. Tudo aquilo que, de fato, existe seria uma cópia imperfeita daquilo que eternamente existiu como essência. Ademais, para Platão, a ideia de Bem, assim como o Sol, deve ser o fundamento da existência humana, sobretudo do amante do saber.

O protagonista da Filosofia Idealista instalou sua escola filosófica, a Academia, em Atenas, e tornou-se historicamente conhecido como o inventor do diálogo e da dialética como instrumentos filosóficos.


BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
46 anos
Licenciado e Mestre em Filosofia. Professor Titular de Filosofia da EE João Franceschini, em Sumaré/SP. Professor Titular de Filosofia (Ética, Metodologia, Direito aplicado à TI) da Faculdade de Tecnologia de Americana, em Americana/SP. Escritor e comunicador.

Visite nosso Canal de Filosofia no YouTube: https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefrança

Plataforma Lattes:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5



Obs.: 
Texto escrito originalmente em 4 de novembro de 2005 para a Coluna "Um penetra na ágora", criada por mim em 2005, vinculada ao Jornal "Tribuna Liberal", de Sumaré/SP, onde eu escrevia, às Quartas-feiras, voluntária e gratuitamente.

Maria Lígia Stupelli Amaral: uma mulher de Deus, expressão da pura caridade: homenagem póstuma!

 

Nascida no dia 17 de novembro de 1947, na cidade de Campinas/SP, morou por toda a vida na região central de Sumaré/SP.

Filha de José Stupelli e de Isabel dos Reis Stupelli, Maria Lígia era filha única; no dia 30 de junho de 1962 se casa com Osvaldo Pereira do Amaral, com quem tem quatro filhos: Czar Pereira do Amaral, Osvaldo Pereira do Amaral Filho, José Eduardo Pereira do Amaral e Isabel Cristina dos Reis Amaral.

Desde adolescente exercia atividades beneficentes; após o casamento auxiliava permanentemente a obra dos Vicentinos, ação benemérita católica, com a intenção de mitigar o sofrimento dos mais pobres de nosso município.

Na década de 70, visionária e empreendedora, ela implantou uma empresa têxtil na cidade, “Têxtil Dória Ltda.”, na Rua Antônio do Valle Mello, no centro de Sumaré, estabelecimento comercial e industrial que a permitiu empregar grande quantidade de jovens e de pais e mães chefes de família.

Sua vida foi marcada pela simplicidade e religiosidade; filantrópica e caridosa, por natureza, ela é tida como uma das mulheres com o maior número de afilhados e afilhadas de Batismo, de Primeira Comunhão, Crisma e de Matrimônio, segundo documentos da Paróquia Matriz de Sant’Ana de Sumaré, além de registros das Paróquias adjacentes ao nosso município, de acordo com dados da Arquidiocese de Campinas.

Com muita frequência, aos finais de semana, ela, acompanhada do marido e dos filhos, fazia visitas constantes aos afilhados e as pessoas mais carentes, sempre conduzindo um presente, uma lembrança ou mantimentos para atender os mais necessitados. Seu ideal de vida era o amor ao próximo, o auxílio ao idoso e doente e o amor imensurável pelas crianças.

Com a permissão de Deus, Nosso Eterno Criador, ela nos deixou no dia 27 de junho de 2015, trazendo aos corações de tantos que ela amou e ajudou muitas saudades e recordações que o tempo e a distância jamais irão apagar.

Obs. 1: 

Texto escrito pelo seu afilhado mais velho, Prof. Benê França, a quem ela alimentou, amou, vestiu e educou. Entre tantos ensinamentos concedidos, um mais nos chamou a atenção:  que só há um caminho que conduz aos céus e à felicidade plena, a caridade, pois, segundo Maria Lígia, com confirmação bíblica, só a caridade é a perfeição:

“Acima de tudo, no entanto, revesti-vos do amor que é o elo da perfeição”

(Carta de São Paulo Apóstolo aos Colossenses, capítulo 3º, verso 14).

 

Obs. 2: 

Este texto foi lido no Plenário da Câmara Municipal de Sumaré/SP, pelo Vereador Geraldo Medeiros da Silva (PT/SP), ex-aluno deste docente na EE Profa. Maria Ivone Martins Rosa, a quem hoje agradecemos pela honra concedida, conforme dito, com a nomeação de uma Rua, no Distrito de Nova Veneza. 

O que até então ninguém sabia é que, após assinar a documentação pela Caixa Econômica Federal, em função de receber um Apartamento no Condomínio “Residencial Águas de Santa Bárbara”, pelo Programa do Governo Federal denominado "Minha Casa, Minha Vida", em uma Terça-feira, 23 de junho de 2015, Maria Lígia passou mal, foi socorrida pelos familiares e internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jd. Macarenko, em Sumaré, e, infelizmente, no Sábado, dia 27, falece. 

Quando o Vereador Geraldo Medeiro, por meio de Decreto Municipal assinado pela Prefeita Cristina Carrara (PSDB/SP), concede o nome da Rua 1 como “Rua Maria Lígia Stupelli Amaral”, nem ele nem nós sabíamos que, a rua nomeada, seria a residência onde Maria Lígia moraria, se não tivesse falecido. Coincidência? Não. 

Isso se chama “Providência Divina”. 

Glória a Deus nas Alturas.


Obs.: 3: 

Essa bela história é narrada, com outros elementos de imagens e áudios, no Canal do YouTube do Prof. Benê França (https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefranca). 

Assista o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=JWntXqGM7Xw


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