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domingo, 5 de julho de 2020
27 de junho de 2015 - 27 de junho de 2020: 5 anos sem Maria Lígia Stupelli Amaral, um exemplo de caridade!
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Aristóteles, o Estagirita: a experiência!
Para Aristóteles (384-322 a.C.),
“nihil est in intellectu quod non fuerit primum in sensu”, ou seja, tudo o que
há em nosso intelecto provém dos sentidos. Embora fosse aluno de Platão e
respeitasse as ideias de Sócrates, o estagirita – alcunha histórica por ter
nascido em Estagira, na Macedônia -, autor de diversas obras sobre Lógica,
Física, Filosofia, Metafísica, Política, Botânica, Zoologia, etc., compreendia
a realidade como derivante das experiências sensitivas humanas. Segundo ele,
nós nascemos como uma tabula rasa, uma folha em branco; na medida em que
pela visão, tato, paladar, olfato, audição, vamo-nos conhecendo e/ou assimilando
os objetos e as coisas que nos circundam, passamos a compreender cada coisa em
sua insubstituível realidade material; as experiências, portanto, são as bases
fundamentais do conhecimento humano.
Enquanto Platão defendia a
preexistência da alma, do Ser e do mundo das ideias, Aristóteles conceberá o
conhecimento como oriundo de um constante aprendizado e de um permanente embate
entre verdade e falsidade, o que naturalmente leva a comportar o erro, a dúvida
e a imprecisão, sempre em busca de um saber sistematizado, lógico e coerente.
Ademais, a própria Lógica que ele solidificará, a partir do estudo dos
silogismos, revelará a necessidade da criação e da fundamentação de um
conhecimento com valor objetivo e universal, isento de preconceitos e equívocos.
Três informações são essenciais
para se entender a profundidade do criador do Liceu: as teorias da matéria e da
forma (hilemorfismo); as definições de potência e ato; e os princípios das
quatro causas (material, formal, eficiente e final). Para se tomar ciência
dessas teorias é nos dado um clássico exemplo citado pelos historiadores da
Filosofia, no Dicionário de Filosofia, de Gérard Durozoi e André Roussel, publicado em 1993, pela Editora campineira Papirus: a estátua de mármore.
“(...) O mármore é a causa material da estátua; a causa formal corresponde à ideia que dá
a cada coisa sua forma determinada (a ideia do escultor); a causa eficiente é o antecedente imediato
que provoca a mudança (cinzelada), e a causa
final é o objetivo visado (ganho, amor pela arte)” (DUROZOI; ROUSSEL, 1993, p. 36). A
potência, neste caso, indica as prováveis possibilidades de ser do mármore, que
passa à condição de ato após receber uma forma, a de estátua de mármore.
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Platão (Aristocles): "O mundo das ideias"!
“Eidos”, “Idea”, expressões para designar visão, ideia, uma representação mental da coisa abstrata ou concreta, uma abstração acerca da realidade ou sobre componentes dela. O mais brilhante aluno do filósofo Sócrates concebe a realidade através da ideia, princípio basilar de seu pensamento.
Segundo Aristocles (428-348 a. C), universalmente
conhecido como Platão - devido ao seu aspecto robusto -, as ideias são formas,
modelos perfeitos ou paradigmas, eternos e imutáveis, que transcendem a
realidade material e que visam fundamentar a compreensão do real. Enquanto a
corrente filosófica materialista recorre aos sentidos humanos e a experiência prática
para captar o real, Platão concebe o mundo sensível como derivante das ideias;
tudo aquilo que existe e que se vê seria um simulacro da verdadeira realidade,
a “essência”, aquilo que faz algo ser o que é, do ser, termo que ele empresta de
Parmênides.
Há diversas vertentes de
pensamento que vão redefinir as obras escritas por Platão com diferentes
contribuições, interpretações e olhares. Uma delas, influenciada, sobretudo,
pela releitura dos pensadores da Renascença, dirá que, para o autor de “A
República”, o mundo é concebido de duas formas: a primeira, o mundo sensível,
resulta da observação empírica e da captação do real pelos sentidos; a segunda,
o mundo inteligível, define-se como uma realidade supra-sensível,
meta-empírica, que vai além daquilo que se vê, ouve, enxerga, tateia ou que se saboreia;
na verdade, segundo ele, toda experiência humana apenas seria uma recordação do
mundo inteligível.
Portanto, para Platão, o real é
apenas uma representação de algo que previamente existia na forma de essência,
no “Mundo das ideias”, o "Hiperurânio", local de habitação de nossa eterna alma.
Tudo aquilo que, de fato, existe seria uma cópia imperfeita daquilo que
eternamente existiu como essência. Ademais, para Platão, a ideia de Bem, assim
como o Sol, deve ser o fundamento da existência humana, sobretudo do amante do
saber.
O protagonista da Filosofia
Idealista instalou sua escola filosófica, a Academia, em Atenas, e tornou-se
historicamente conhecido como o inventor do diálogo e da dialética como
instrumentos filosóficos.
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Maria Lígia Stupelli Amaral: uma mulher de Deus, expressão da pura caridade: homenagem póstuma!
Nascida
no dia 17 de novembro de 1947, na cidade de Campinas/SP, morou por toda a vida na
região central de Sumaré/SP.
Filha
de José Stupelli e de Isabel dos Reis Stupelli, Maria Lígia era filha única; no
dia 30 de junho de 1962 se casa com Osvaldo Pereira do Amaral, com quem tem
quatro filhos: Czar Pereira do Amaral, Osvaldo Pereira do Amaral Filho, José
Eduardo Pereira do Amaral e Isabel Cristina dos Reis Amaral.
Desde
adolescente exercia atividades beneficentes; após o casamento auxiliava
permanentemente a obra dos Vicentinos, ação benemérita católica, com a intenção
de mitigar o sofrimento dos mais pobres de nosso município.
Na
década de 70, visionária e empreendedora, ela implantou uma empresa têxtil na
cidade, “Têxtil Dória Ltda.”, na Rua Antônio do Valle Mello, no centro de
Sumaré, estabelecimento comercial e industrial que a permitiu empregar grande
quantidade de jovens e de pais e mães chefes de família.
Sua
vida foi marcada pela simplicidade e religiosidade; filantrópica e caridosa,
por natureza, ela é tida como uma das mulheres com o maior número de afilhados
e afilhadas de Batismo, de Primeira Comunhão, Crisma e de Matrimônio, segundo documentos
da Paróquia Matriz de Sant’Ana de Sumaré, além de registros das Paróquias
adjacentes ao nosso município, de acordo com dados da Arquidiocese de Campinas.
Com
muita frequência, aos finais de semana, ela, acompanhada do marido e dos
filhos, fazia visitas constantes aos afilhados e as pessoas mais carentes,
sempre conduzindo um presente, uma lembrança ou mantimentos para atender os
mais necessitados. Seu ideal de vida era o amor ao próximo, o auxílio ao idoso
e doente e o amor imensurável pelas crianças.
Com
a permissão de Deus, Nosso Eterno Criador, ela nos deixou no dia 27 de junho de
2015, trazendo aos corações de tantos que ela amou e ajudou muitas saudades e
recordações que o tempo e a distância jamais irão apagar.
Obs. 1:
Texto escrito
pelo seu afilhado mais velho, Prof. Benê França, a quem ela alimentou, amou, vestiu
e educou. Entre tantos ensinamentos concedidos, um mais nos chamou a atenção: que só há um caminho que conduz aos céus e à
felicidade plena, a caridade, pois, segundo Maria Lígia, com confirmação
bíblica, só a caridade é a perfeição:
“Acima de tudo, no
entanto, revesti-vos do amor que é o elo da perfeição”
(Carta de São
Paulo Apóstolo aos Colossenses, capítulo 3º, verso 14).
Obs. 2:
Este texto foi lido no Plenário da Câmara Municipal de Sumaré/SP, pelo Vereador Geraldo Medeiros da Silva (PT/SP), ex-aluno deste docente na EE Profa. Maria Ivone Martins Rosa, a quem hoje agradecemos pela honra concedida, conforme dito, com a nomeação de uma Rua, no Distrito de Nova Veneza.
O que até então ninguém sabia é que, após assinar a documentação pela Caixa Econômica Federal, em função de receber um Apartamento no Condomínio “Residencial Águas de Santa Bárbara”, pelo Programa do Governo Federal denominado "Minha Casa, Minha Vida", em uma Terça-feira, 23 de junho de 2015, Maria Lígia passou mal, foi socorrida pelos familiares e internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jd. Macarenko, em Sumaré, e, infelizmente, no Sábado, dia 27, falece.
Quando o Vereador Geraldo Medeiro, por meio de Decreto Municipal assinado pela Prefeita Cristina Carrara (PSDB/SP), concede o nome da Rua 1 como “Rua Maria Lígia Stupelli Amaral”, nem ele nem nós sabíamos que, a rua nomeada, seria a residência onde Maria Lígia moraria, se não tivesse falecido. Coincidência? Não.
Isso se chama “Providência Divina”.
Glória a Deus nas Alturas.
Obs.: 3:
Essa bela história é narrada, com outros elementos de imagens e áudios, no Canal do YouTube do Prof. Benê França (https://www.youtube.com/beneditolucianoantunesdefranca).
Assista o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=JWntXqGM7Xw
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Heráclito e Parmênides
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sábado, 30 de maio de 2020
Sócrates: Nada sei!
BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA)
Plataforma Lattes:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4794252A5
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Tomás de Aquino: Deus existe!
São Tomás de Aquino: fé (fide) x razão (ratio)
terça-feira, 12 de maio de 2020
Que é isto, a palavra Filosofia?
Obs.: Agradeço ao competente profissional da Fatec de Americana, sr. William Toshio Nakagawa, tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e perito da área de computadores, por me ajudar a inserir os termos gregos neste Blog, com a predisposição similar a dos anjos divinos, que nos livram das ciladas e nos guardam de todos os males, inclusive os derivados da inaptidão tecnológica. Muito obrigado, Senhor Nakagawa.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Andar de bicicleta: um princípio ético!
Que momento bizarro estamos vivendo. Na nossa mera opinião que, segundo a Filosofia, não tem valor de conhecimento nem de verdade, tudo se vincula à infância, sobretudo naquela áurea época em que aprendíamos a andar de bicicleta.
Meu pai trabalhou para um senhor que não tinha dinheiro para pagá-lo e lhe ofereceu, pelo serviço realizado, duas depenadas bicicletas azuis. Eu e o meu irmão, Márcio, ficamos felizes. Mas, como aprender a andar de bicicleta montado em algo, como diria Platão, desprovido das reais qualidades de uma verdadeira bicicleta? Nossa sorte é que tínhamos um excelente irmão mais velho, o “João”, que dava um jeito para tudo. Certo dia, João cismou de nos ensinar a andar de bicicleta; para ele, este ato significava ter equilíbrio na vida, era superar o segundo desafio humano, pois, o primeiro, foi suplantado na infância, pela persistência de nossos pais e irmãos, que nos treinaram para substituir o ato de gatinhar para que andássemos firmemente com os próprios pés; andar de bicicleta, portanto, era superar a fase da dependência dos progenitores e protetores, denotava transcender os desafios da vida, sustentados em algo que tínhamos o controle, desde que aprendêssemos com os erros, com os tombos e machucados, e mantivéssemos a humildade e paciência. João era persistente. Ademais, nosso objetivo era mais difícil de ser alcançado, pois a nossa bicicleta só tinha quadro, um pedal, corrente, um guidão torto e dois aros sem pneus!
Fomos à Rua 13, do Jd. Alvorada, na periferia de Sumaré/SP, Brasil, sem asfalto, porquanto o meu irmão dizia que se caíssemos, o sofrimento seria menor. E ele nos fez uma condição: só faria quatro tentativas.
Aprenderíamos a equilibrar e a perder o medo do tombo ou perderíamos o instrutor.
Na primeira tentativa, o Márcio foi para o mato e voltou mancando; vendo os erros dele, percebi que tinha que inclinar o meu pé no único pedal e, para contrabalançar, lançar o corpo, quase 23 Kg., para o outro lado. Essa tentativa teria sido um sucesso, senão fosse novamente aquele malfadado mato. Tínhamos mais três tentativas.
Na segunda, o Márcio caiu e chorou: “Não quero mais andar de bicicleta!”. João me perguntou se eu iria. Lá fui eu. Ele me empurrou com tanta força que não tinha como cair, bastava se equilibrar, e eu consegui. Só não entendi, aos meus 5 anos, o porquê que a bicicleta não parou e por qual razão eu saí daquela rua e fui cair num canteiro de obra da Avenida Rebouças; depois me explicaram que na vida tudo tem que ter freio, inclusive a bicicleta.
Que maravilhoso seria se os novos deputados federais e estaduais, senadores, governadores, além dos Ministros da República e do Supremo Tribunal Federal, tivessem aprendido a andar com a nossa bicicleta, tendo nosso irmão como instrutor. Não teriam tempo para os permanentes equívocos de outras legislaturas nem desperdiçariam as poucas possibilidades de transformação da vida de nossa gente simples. Sabendo se equilibrar, evitando, em todo o tempo, os excessos ou as faltas, como propôs Aristóteles, a vida de nosso povo seria menos triste e difícil.
Errar é humano, já confirmava o adágio popular; insistir no erro, como diria os existencialistas, é desejar ser mais humano que os demais seres. George W. Bush, por exemplo, saberia quando parar; bastaria usar racionalmente os freios do ego e do ufanismo do “american way of life”; sunitas e xiitas, no Iraque, entenderiam que o perfeito equilíbrio provém do par de pedais e que não adianta querer conduzir uma bicicleta sem proporcionar a justa distribuição do peso, altura, volume e do medo.
Ora, pedalar como certos jogadores de futebol é fácil, sobretudo quando há adequadas condições sócio-econômicas; quero ver pedalar, como os meus 2000 estudantes da Região Metropolitana de Campinas, atrás de uma oportunidade de emprego, de uma bolsa universitária, da realização de tantos sonhos, tão maravilhosos quanto justos, sem ter uma “bicicleta”. Não obstante, todos esses "matos" fazem parte da "rua sem asfalto" que, quando aprendemos a equilibrar, independentemente das políticas ambíguas nacionalistas, alcançaremos um lugar na "Avenida", nem que seja na sarjeta, machucados, mas o essencial terá sido atingido: obteremos a vitória pelo incentivo alheio e pela autoconfiança, embora nem sempre a vida nos dê pneus.
Obs. 1: Artigo originalmente escrito para o Portal lusitano "Portugal-linha.pt", conforme link abaixo:
http://www.portugal-linha.pt/200808031714/Andar-de-bicicleta-um-principio-etico/menu-id-52.html
Obs. 2: Este artigo tornou-se uma das publicações mais reproduzidas pela imprensa brasileira, por diversos jornais e Blogs, de quase todas as unidades federativas de nossa querida e sofrida nação.
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